Infetados na Sonae sobem para 109. Cerca sanitária na Azambuja não está a ser equacionada

“Cerca sanitária? Não é algo que estejamos a equacionar”, afirmou a ministra da Saúde, Marta Temido, este domingo, 24 de maio, em resposta aos jornalistas, referindo-se à situação na Azambuja, que as autoridades sanitárias continuam a acompanhar de perto.

Na conferência de imprensa de apresentação do boletim epidemiológico nacional, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, adiantou que há, neste momento, 109 infetados com Covid-19 no entreposto da empresa Sonae na Azambuja. Nesta localidade verificam-se mais cinco casos de trabalhadores, dois numa empresa e três numa outra. “Estão todos bem” adiantou Graça Freitas, segundo a qual a maioria são casos ligeiros ou assintomáticos. Há apenas a registar um internado em enfermaria e “está estável do seu ponto de vista clínico”.

“As autoridades estão a a fazer rastreio de contactos comunitários muitas vezes na origem destes trabalhadores”, salientou Graça Freitas.

A ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou que chegaram mais 60 ventiladores da encomenda do Ministério da Saúde à China, que vão agora ser submetidos a processos de testagem e verificação, esclarecendo que “não há nenhum equipamento que seja colocado a funcionar sem primeiro ser testado localmente”.  Considerou normal a testagem e verificação de qualquer  equipamento, o que é sinónimo de que todos estão a cumprir o seu papel. “Todo o processo é feito com rigor”.

Marta Temido adiantou que não vão ser encomendados mais ventiladores à China, mas ainda faltam chegar alguns da encomenda anteriormente feita.

Sobre a notícia hoje vinda a público da proibição pelo Infarmed de 48 mil kits de teste à Covid-19 fabricados em Portugal e utilizados em lares de idosos e creche, Marta temido limitou-se a dizer que há que distinguir entre critérios de testagem e critérios de introdução no mercado e que os “processos não são todos perfeitos”.