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Lucros do Abanca crescem 6,7% para 405 milhões em 2019

O Abanca, após quatro processos de integração, está preparado para fazer mais aquisições. A propósito do Eurobic, o chairman Juan Carlos Escotet disse que Portugal está entre as prioridades estratégicas da instituição, porque quer ser um banco ibérico.
  • Juan Carlos Escotet Rodríguez, presidente do Abanca
4 Fevereiro 2020, 11h17

O Abanca Corporación Bancaria, que tem como chairman, Juan Carlos Escotet, e como CEO, Francisco Botas, apresentou hoje os seus resultados anuais em Santiago de Compostela.

O Abanca, após quatro processos de integração depois, está preparado para fazer mais aquisições, admitiu o Chairman. Juan Carlos Escotet disse ainda que Portugal está entre as prioridades estratégicas, porque quer ser um banco ibérico. Isto a propósito do interesse no EuroBic.

O Abanca não participa em operações de fusão sem ter o controlo acionista. Portanto não compra o EuroBic abaixo dos 75%.

Os lucros consolidados somaram 405 milhões de euros, o que traduz uma rentabilidade (ROE ) de 10%. O banco viu os resultados subirem 6,7% em 2019. Em Portugal, o Abanca registou receitas de 50 milhões de euros (7% do total do banco) e 6.700 milhões de euros de volume de negócio (um valor que representa 8% do total do banco).

O Abanca comprou em Portugal o retalho do Deutsche Bank e é um dos principais candidatos a ficar com o EuroBic. Também comprou o Banco Caixa Geral em Espanha à CGD.

O banco reportou receitas recorrentes a crescerem 5,8% (margem e comissões). Num contexto de juros baixos a margem subiu 2,4% para 574,6 milhões e as comissões cresceram 16,6% para 205,5 milhões.

Os resultados de operações financeiras  (que por regra inclui venda de dívida pública) caíram 57,7% num ano.

A taxa de morosidade do crédito estava em dezembro nos 2,8%, o que se traduz numa queda do crédito malparado, anunciou a cúpula do banco.

A taxa de cobertura dos ativos improdutivos está 58,8%. O custo do risco – rácio entre a Imparidade do crédito, líquida de reversões do período e o saldo médio do Crédito a clientes (bruto) – está em 0,24%, abaixo da média do mercado espanhol que é de 0,33%, “graças à prudência na concessão de crédito”.

O volume de negócios com clientes supera os 85 milhões de euros, e o banco destaca que o êxito da integração do Deutsche Bank em Portugal e do Banco Caixa Geral.

“O ano de 2019 foi marcado por um importante aumento do volume de negócio, que já supera os 85.000 milhões de euros. Este marco foi alcançado graças à combinação de crescimento orgânico gerado pelo forte dinamismo comercial, especialmente no segmento de financiamento a PME`S, com o contributo para o negócio das aquisições do Deutsche Bank PCB Portugal e do Banco Caixa Geral, em Espanha”, referiu o banco.

O Abanca em Portugal deu mais 20% de resultados acima do plano de negócio esperado; trouxe mais 13,9% na captação de recursos de clientes durante o ano de  2019. O banco português liderado por Pedro Pimenta trouxe mais 6,4% no crédito a empresas; e permitiu uma subida de 15,6% dos fundos de investimento.

A atividade em Portugal contribuiu com 50 milhões de euros em receita, o que corresponde a 7% do total do banco e com 6.700 milhões de euros em volume de negócios, o que representa 8% do total do banco.

Em termos de capital consolidado, o rácio de capital total está em 15,8%, 1.267 milhões acima dos requisitos de capital regulatório ao nível do rácio CET1.

  • A jornalista viajou a convite do Abanca
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