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Maioria dos portugueses prefere produtos que utilizam a menor embalagem possível

O recente estudo, realizado pela DS Smith e Ipsos MORI mostra que, apesar da crise global de saúde, os consumidores continuam a ter em conta o ambiente: 85% dos inquiridos querem comprar produtos que utilizem a menor embalagem possível
25 Novembro 2020, 08h05

A crise pandémica despertou entre os consumidores, um pouco por todo o mundo, a necessidade de adotar comportamentos mais saudáveis e mais amigos do ambiente. Na verdade, cerca de 71% dos europeus considera que as alterações climáticas e o aquecimento global são tão ou mais importantes do que a atual crise da Covid-19.

No Velho Continente, um estudo conduzido pela DS Smith e a Ipsos MORI, divulgado esta terça-feira, indica que mais de metade dos europeus (85%) querem comprar produtos que utilizem a menor embalagem possível. Mas em Portugal, a média dos inquiridos ultrapassa a europeia. Cerca de 88% concorda com a afirmação contra 74% que admite estar disposto a mudar de o estabelecimento comercial onde efetua as compras se isso significasse reduzir a quantidade embalagens. Apenas 39%, admite ter deixado de comprar de determinadas marcas ou lojas devido à falta de sustentabilidade nas suas embalagens.

Quanto à sua reciclabilidade, 49% diz que comprar produtos que tenham elementos recicláveis é um fator importante durante as compras, enquanto que 41% defende a importância do uso de materiais sustentáveis.

Covid-19 desperta novos comportamentos no consumo físico

Devido à pandemia, dois terços (68%) admitiram que tentam passar o mínimo de tempo possível nas lojas, o que originou um crescimento considerável do e-commerce — em Portugal, esse valor é de 87%. Por isso, é importante realçar que metade (48%) dos compradores online afirmaram terem recebido embalagens “não sustentáveis” provenientes do canal e-commerce (49% em Portugal) e um em cada cinco (22%) diz que deixou de comprar a alguns retalhistas online porque a sua embalagem não era sustentável. Em território nacional, o mesmo só se verificou entre 18% dos inquiridos.

A higiene é outra preocupação para os consumidores, com mais de metade (57%) a dizerem que lavam cuidadosamente as mãos depois de tocarem em produtos recebidos via e-commerce e 30% a afirmarem que deitam as embalagens fora mais rapidamente – destacando a necessidade de dispor de informações visíveis e claras sobre o descarte.

Mais de 50% dos compradores preocupam-se relativamente à quantidade de pessoas que tocaram nos produtos na loja (78% em Portugal). Como consequência, alguns escolhem artigos que estão no fundo das prateleiras, com menores probabilidades de terem sido tocados.

Um em cada três (33%) também lava ou desinfeta todos os produtos vendidos a granel, como frutas e legumes, e 12% evitam comprar produtos não embalados (22% na Finlândia e 19% no Reino Unido).

Para responder a esta situação, a DS Smith desenvolveu uma série de novos designs de embalagens inovadoras, tais como covetes em cartão canelado para frutas e legumes, caixas ecológicas para ovos e soluções para transportar garrafas e produtos lácteos. “Durante os últimos oito meses, temos ajudado os nossos clientes a adaptarem-se a uma transformação radical do comportamento dos consumidores e aos desafios em constante evolução da pandemia”, refere Stefano Rossi, CEO da DS Smith Packaging.

Para o estudo, a DS Smith e a Ipsos MORI recorreram à participação de mais de nove mil pessoas de 12 países europeus, incluindo Portugal, e revela que, embora os hábitos de compra possam ter mudado, a sustentabilidade continua a ser fundamental.

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