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Marques Mendes: Novo diretor dos serviços de informações tem de ser nomeado até setembro

Marques Mendes faz mesmo um apelo ao Governo “no princípio de setembro tem de ser nomeado um novo diretor do serviço de informações (Sistema de Informações da República – SIRP)”.
20 Agosto 2017, 21h26

O comentador da SIC, Luís Marques Mendes analisava o atentado de terrorismo em Barcelona, quando disse que “há meses que o Serviço de Informações não tem um diretor efetivo, neste momento tem um director em fim de mandato”. Marques Mendes faz mesmo um apelo ao Governo “no princípio de setembro tem de ser nomeado um novo diretor do serviço de informações (Sistema de Informações da República – SIRP)”.

Marques Mendes revelou saber que António Costa tem estado em contato com Pedro Passos Coelho para fazer esta designação em consenso. Uma revelação que vem de encontro à notícia do Expresso deste fim de semana. Marques Mendes diz que “Passos Coelho tem feito algumas objecções porque quer resolver este assunto em pacote, envolvendo também o chefe de fiscalização dos serviços”, explicou, reforçando o apelo: “Entendam-se!”.

Luís Marques Mendes trouxe à SIC ainda a comparação da área ardida nos países europeus do sul. Em Portugal nos últimos 8 anos a média de área ardida foi de 52 mil hectares e Espanha, que é muito maior que Portugal, tem em média uma área ardida nos últimos 8 anos de 46 mil hectares, disse. Em Itália (3 x maior que Portugal) a média é de 29 mil hectares, na Grécia 14 mil hectares, e a França (6 vezes o tamanho de Portugal) tem uma média de área ardida de 3 mil hectares. “Temos aqui um problema de fundo”, disse.

Em 2017 a área ardida em Portugal atingiu já os 178 mil hectares o que compara com 109 mil hectares em Itália; em Espanha 45 mil; França 16 mil e na Grécia 9 mil hectares de área ardida.

Entrevista de Costa ao Expresso

A entrevista que António Costa deu este fim de semana ao Expresso, foi também comentada por Marques  Mendes. Primeiro-ministro desafiou o PSD para um pacto no investimento público depois das autárquicas, Marques Mendes diz que isto “não é novidade”, e lembrou as negociações entre os dois partidos para os fundos estruturais no anterior Governo.

Sobre a frase de António Costa que anuncia um novo ciclo político após as eleições autárquicas de outubro – “Até às autárquicas, cada um vai tratar de fazer o melhor resultado possível. Este não é o tempo dos acordos, é o tempo das disputas. Passadas as autárquicas, outro tempo virá, certamente com melhores condições para consensos” – Marques Mendes diz tratar-se apenas de um slogan sem consequências. “Não vai haver nenhum novo ciclo político, porque a seguir às autárquicas vêm as legislativas em 2019”, lembrou.

Marques Mendes diz que António Costa fez uma declaração pública para tentar captar o eleitorado do centro.

“A esquerda e a direita não se distinguem, em nenhum país do mundo, por decidir se fazem um aeroporto ou não, uma linha férrea e se ela tem este ou aquele traçado. São objectivos que têm de ser consensuais porque são compromissos que ficam para séculos”, foi a frase do primeiro-ministro ao Expresso que Marques Mendes considera ser um recado para o eleitorado do centro.

“É uma jogada táctica”, diz o comentador.

Marques Mendes diz ainda que o incêndio de Pedrógão deixou António Costa desconfortável e condicionou a agenda política, e que por isso “quer mudar a agulha”.

Sobre as eleições em Angola, Marques Mendes diz que o MPLA vai ganhar as eleições históricas e que a dúvida paira sobre quem ficará em segundo lugar: A Unita ou o partido Casa CE, dissidentes da Unita (um partido jovem)? Pergunta o comentador da SIC.

 

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