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Mette Frederiksen é a cara do novo governo de coligação na Dinamarca

Partido Social-Democrata da Dinamarca anunciou ontem um acordo com três partidos do centro-esquerda para formar um governo minoritário, com um programa assente na ecologia e proteção social, mas também no controlo da imigração.
  • Mads Claus Rasmussen / EPA
27 Junho 2019, 09h13

Depois de ganhar as eleições a 5 de junho e de três semanas de negociações, Mette Frederiksen anunciou a formação do próximo governo da Dinamarca. A política dinamarquesa de 41 anos, a mais nova primeira-ministra na história do país, vai ser a cara da coligação entre o Partido Social Liberal, o Partido Popular Socialista e a Aliança Vermelho-Verde. Numa conferência de imprensa, Frederiksen prometeu aumentar o investimento público e reduzir as emissões dos gases efeito estufa em 70% até 2030, um objetivo elogiado pela organização ecologista internacional Greenpeace.

Os sociais-democratas, na oposição há quatro anos, venceram as últimas eleições legislativas com 29,5%, depois de uma campanha em que apoiaram restrições à política de imigração, um regresso às origens anti-imigração do partido depois de duas décadas de uma abordagem mais liberal, ditado pelo apoio da maioria dos dinamarqueses ao controlo das entradas.

Apesar das diferenças, as quatro formações aceitaram governar juntas o governo dinamarquês nos próximos quatro anos. “Estes são quatro partidos muito diferentes e sem dúvida com importantes desacordos em várias questões políticas”, disse a dirigente social-democrata ao anunciar o acordo, na madrugada de hoje, admitindo que a governação vai ser “uma tarefa dura e difícil”.

Em matéria de imigração, o acordo mantém a linha geral do anterior Governo, mas anula a decisão de não receber qualquer refugiado no âmbito do sistema de quotas da Nações Unidas e invalida um polémico plano para criar um centro para estrangeiros condenados por crimes numa ilha desabitada.

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