Andrés Manuel López Obrador está perto de se tornar o próximo presidente do México, nas eleições que acontecem este domingo, dia 1 de julho. Descrito como “populista de esquerda”, o candidato lidera as sondagens, beneficiado pelos sucessivos escândalos de corrupção que abalaram o atual partido no poder e que mancharam a credibilidade das forças políticas tradicionais. As semelhanças com o líder norte-americano já lhe valeram o título de “Donald Trump mexicano”, mas o programa eleitoral de AMLO – como é conhecido entre os mexicanos – promete criar grandes dificuldades ao presidente do outro lado do muro.
São ambos fervorosos nacionalistas e agarram-se a visões nostálgicas dos velhos tempos de glória. Donald Trump fez do “America First” [América Primeiro] o slogan do seu mandato na Casa Branca, enquanto AMLO promete fazer do México “uma nação livre e soberana, verdadeiramente independente, que participe no panorama internacional sem se render aos impérios”. Os dois são vistos como homens de sucesso: Trump fez fortuna no setor imobiliário e Obrador é um dos políticos mais influentes das últimas duas décadas no México. E aparentam-se ainda na vontade de reverter políticas aprovadas pelos seus antecessores, além de serem ambos criticados pelo seu autoritarismo e pela capacidade de moverem fielmente multidões em torno dos seus ideais.
Artigo publicado na edição semanal do Jornal Económico. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
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