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Militante histórico do PSD deixa partido em desacordo com “estratégia política” de Rio

Virgílio Costa diz que já não se revê nas razões que inspiraram a sua adesão ao partido, mas garante que continuará o combate pelos princípios e pelos valores que o levaram à política.
  • Cristina Bernardo
11 Dezembro 2018, 12h43

Há mais um militante histórico a bater com a porta no Partido Social Democrata (PSD). Virgílio Costa, militante há mais de 40 anos, vai deixar o partido em desacordo com a “estratégia política” e a “ausência de intervenção política” do presidente dos sociais-democratas, Rui Rio. O militante histórico do PSD diz que já não se revê nas razões que inspiraram a sua adesão ao partido, mas garante que continuará o combate pelos princípios e pelos valores que o levaram à política.

“Uma decisão. Uma vocação. Deixo este PSD sem mágoas, sem queixas, sem tragédias. Discordo da estratégia política. Discordo de algumas práticas internas e discordo da ausência de intervenção política e de combate, relativamente à governação”, escreve, numa publicação no Facebook, o antigo vice-presidente da direção do grupo parlamentar social-democrata, aquando da presidência de Luís Filipe Menezes e antigo líder do PSD de Braga.

Virgílio Costa considera que Rui Rio é “um político sério e empenhado”, mas que fez “más escolhas, das políticas e das pessoas”. “Já não são iguais as razões que inspiravam. São outras. Fazer política já não é promover jantares e berrar discursos”, afirma. “Há nacos de soberania que deixaram de ser garantia segura para o pão dos nossos filhos. Já não são nossos. Há decisões e escolhas que não podem protelar-se nem omitir-se, nem silenciar-se. Nem esconder-se nos silêncios ou nos tapetes dos gabinetes”.

O histórico do PSD afirma, no entanto, que vai continuar a lutar, com “o mesmo entusiasmo e com determinação”, pelos princípios e valores que sempre o inspiraram. “Honrarei, como sempre, a confiança dos que me outorgaram a suprema honra de, através deles, servir causas e pessoas e servir o meu país. Há momentos, em que o silêncio não basta, é preciso falar claro. Há momentos de unidade outros de rotura. Este é de rotura”, sublinha.

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