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Ministra da Saúde diz que existem camas de internamento suficientes para os doentes com Covid-19

A ministra da Saúde apontou que, caso se verifique um aumento do número de infeções, existem 21.500 camas de serviço hospitalares no Serviço Nacional de Saúde e 534 só de Cuidados Intensivos polivalentes para adultos.
  • Marta Temido, ministra da Saúde
26 Junho 2020, 14h27

A ministra da Saúde quer tranquilizar a população sobre a capacidade das unidades hospitalares e voltou esta sexta-feira a reforçar que o número de camas disponíveis no Serviço Nacional de Saúde (SNS) é suficiente para as necessidades atuais do país e que os hospitais se mantêm capazes “responder ao que for preciso”.

Em conferência de imprensa, Marta Temido destacou que, neste momento, existem 402 cidadãos internados em camas de enfermaria no internamento geral e 67 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). A ministra da Saúde apontou que, caso se verifique um aumento do número de infeções, existem 21.500 camas de serviço hospitalares no SNS e 534 só de cuidados intensivos polivalentes para adultos.

Marta Temido esclareceu que apesar dos casos existentes no país, “não podemos parar as nossas vidas” e que o SNS está a fazer o seu trabalho” e tem “capacidade para garantir o que se precisa dele no momento”, sustentando que esta não é a altura para “baixar os braços”.

Sublinhando que as medidas básicas de higiene “não devem ser descuradas”, a ministra da Saúde apontou que a taxa de letalidade da Covid-19 no país se fixou em 3,8%, sendo que a taxa de letalidade aumenta para 16,5% quando se fala em pessoas com mais de 70 anos, uma vez que já se registam 1.341 mortes acima dos 70 anos de idade.

Portugal tem um risco médio de transmissão (RT) de 1,06, enquanto o RT de Lisboa e Vale do Tejo se situa em 1,03 e no Alentejo é de 1,3. Marta Temido apontou que estes “valores não devem surpreender” e que não são comparáveis com a existência de novos casos.

Há existem 1.979 casos ativos de Covid-19 na região Norte, 912 no Centro, 227 no Alentejo, 258 no Algarve e 7.290 em Lisboa e Vale do Tejo, um valor que “mostra bem a predominância desta região” para o panorama total do país. A ministra destacou 69 novos casos da Administração Regional do Norte ligados ao lar de Cinfães, enquanto o lar em Reguengos de Monsaraz, no Alentejo, regista 128 casos, existindo ainda focos de surtos mais pequenos em Grândola, Elvas e Campo Maior. No Algarve, a ministra declarou 119 casos ligados à festa em Odiáxere (Lagos), existindo ainda novos casos em Cabanas de Tavira e em Albufeira.

Marta Temido assume a existência de 339 novos casos registados na Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, sendo que 234 foram identificados na Área Metropolitana de Lisboa, com especial incidência nas 19 freguesias já identificadas pelo Governo e que vão permanecer em Estado de Calamidade.

Com o aumento de casos em Lisboa e Vale do Tejo, a ministra da Saúde admitiu que o que mais preocupa atualmente o Governo é a “incidência persistente na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a área norte da Área Metropolitana de Lisboa e as 19 freguesias identificadas como preocupantes.

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