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Ministro da Defesa prevê cerca de 60 formadores de “forças especiais” no centro e sul de Moçambique

A província moçambicana de Cabo Delgado está sob ataque desde outubro de 2017 por grupos de insurgentes ligados a organizações islâmicas radicais e classificados desde o início de 2020 pelas autoridades moçambicanas e internacionais como uma “ameaça terrorista”.
17 Fevereiro 2021, 08h39

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, estimou hoje em cerca de 60 militares portugueses, o contingente de formadores de “forças especiais” que será destacado em abril para Moçambique, auxiliando o país africano no combate ao terrorismo.

“O que vamos destacar são formadores para formar fuzileiros e comandos. São militares que têm essas valências, forças especiais. Acredito que seja na ordem dos 60. Ainda não está estabilizado (o número de efetivos) porque ainda há um trabalho de planeamento em curso com as autoridades moçambicanas”, afirmou Gomes Cravinho, em entrevista à Agência Lusa que será divulgada hoje e quinta-feira.

A província moçambicana de Cabo Delgado está sob ataque desde outubro de 2017 por grupos de insurgentes ligados a organizações islâmicas radicais e classificados desde o início de 2020 pelas autoridades moçambicanas e internacionais como uma “ameaça terrorista”.

“Irão, em princípio, para locais diferentes: no sul do país, perto de Maputo, e no centro, mas ainda não está inteiramente decidido”, adiantou ainda o responsável pela tutela.

Questionado sobre as alterações ao programa quadro de cooperação técnico-militar com Moçambique, para vigorar nos próximos três anos, Gomes Cravinho precisou que o que está previsto é uma “intensificação” da cooperação com este país, na sequência do contexto atual de ameaças.

A cooperação técnico-militar entre Portugal e Moçambique existe desde 1988.

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