[weglot_switcher]

Mira Amaral: “O que é feito do novo banco de fomento?”

Para o presidente do Conselho da Indústria da CIP, o acompanhamento das empresas vai além do momento da sua criação.
  • Cristina Bernardo
6 Fevereiro 2018, 15h59

Luís Mira Amaral, coordenador do documento “O Conceito de Reindustrialização, Indústria 4.0 e política Industrial para o século XXI – O Caso Português”, apresentado esta terça-feira pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal, aproveitou a ocasião para criticar a criação do banco de fomento.

“O que é feito do novo banco de fomento?”, questionou o antigo ministro da Indústria e Energia, quando se referia ao financiamento das empresas nacionais, face ao documento de reflexão da CIP, sobre o qual o Governo já tem conhecimento.

O “banco de fomento”, que funciona como entidade financeira grossista, foi lançado pelo governo de Passos Coelho, no âmbito do programa Portugal 2020, enquanto fundo de cerca de 1.500 milhões de euros, destinado às pequenas e médias empresas. “Não podemos cingir-nos só à banca”, disse Mira Amaral.

Para o presidente do Conselho da Indústria da CIP, o acompanhamento das empresas vai além do momento da sua criação. “O modelo de negócios da banca comercial, transformando um produto de capital garantido, os depósitos, em crédito bancário, constitui uma típica falha do sistema, não se adequando ao financiamento das startups e de PME com viabilidade económica, mas com dificuldades financeiras”, argumentou.

O relatório apresentado hoje pela CIP pressupõe que o financiamento do novo programa seja feito pelos programas Portugal 2020, Programas Europeus Horizonte 2020, Cosme e Connecting Europe Facility (CEF). “O documento está de acordo com o esquema europeu”, disse ainda o engenheiro.

A CIP considera que “o crescimento da economia portuguesa só será possível através do investimento em unidades produtivas de bens transacionáveis” e essa é a ideia que está na base deste novo programa de desenvolvimento da indústria e dos bens transacionáveis, que se propõe seja “uma espécie de PEDIP para o século XXI, usando as adequadas políticas públicas (designadamente ao nível da clusterização, da investigação, desenvolvimento tecnológico e inovação, do Financiamento, da Fiscalidade, da Energia e em geral da redução dos custos de contexto).

 

 

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.