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Montepio confirma que está a ser alvo de buscas pela PJ

Trata-se de “diligências a propósito de operações de clientes, que reportam a factos ocorridos entre os anos 2011 e 2014”, avança o banco. Já Tomás Correia disse ao JE que não tem conhecimento de qualquer busca à sua casa.
16 Janeiro 2020, 12h51

“O Banco Montepio informa que se realizaram esta quinta-feira, dia 16 de janeiro, buscas nas instalações” mas reforça que são operações de clientes.

É assim que o banco liderado por Carlos Tavares e Pedro Leitão confirma que está a ser alvo de buscas pela Procuradoria Geral da República.

“Mais se informa que, conforme o teor do comunicado publicado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), se trata de diligências a propósito de operações de clientes, que reportam a factos ocorridos entre os anos 2011 e 2014”, diz o banco.

Em causa está um inquérito que se encontra em segredo de justiça.

O Banco Montepio diz que “a instituição cumpre escrupulosamente os seus deveres de colaboração com as autoridades”.

Em comunicado a PGR revelou que “no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público (DIAP Regional de Lisboa), a Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção investiga, além de outros, factos suscetíveis de enquadrar a prática de crimes de burla qualificada, branqueamento e fraude fiscal qualificada”.

“Assim, estão a ser levadas a efeito, esta quinta-feira, várias diligências para cumprimento de 15 (quinze) mandados de busca e apreensão, em Instituições Bancárias, na sede social de uma associação, em domicílios e em sedes de empresas”, avança a PGR.

Ao Jornal Económico, Tomás Correia, ex-presidente da Associação Mutualista, assegura que não está a ser alvo de qualquer busca a título pessoal e adianta que não está sequer em Lisboa.

Ainda não foi possível apurar quais são os outros bancos que foram visitados pela PGR. Mas o Novo Banco disse ao JE desconhecer até ao momento qualquer busca.

Segundo o comunicado da PGR, “as diligências incidem sobre um conjunto de clientes de instituições financeiras e de entidades suas detentoras, com o propósito de recolha de prova relativamente a operações bancárias realizadas por clientes entre 2011 e 2014, bem como documentação relacionada com estas operações. Nestas diligências, o Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária e por peritos e consultores da Administração Tributária e do Banco de Portugal”.

As referidas diligências estão a ser presididas por 4 juízes do TIC de Lisboa e Amadora, acompanhadas por 4 Procuradores da República do DIAP de Lisboa, 90 elementos da Polícia Judiciária, 4 elementos da Autoridade Tributária e 6 elementos do Banco de Portugal.

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