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O que opõe Puigdemont a uma marca de presuntos andaluz? O nome

O ex-presidente da Generalitat da Catalunha apresentou queixa contra empresa de comércio de presuntos e quer que a marca seja retirada do mercado.
14 Junho 2018, 17h11

O ex-presidente do governo catalão Carles Puigdemont apresentou uma queixa e pediu a retirada do comércio dos presuntos da marca andaluza ‘Pig Demont’, cujo logótipo é o desenho de um porco com penteado e óculos que alegadamente se parece com o político exilado na Alemanha e em fuga da justiça espanhola.

A denúncia está a ser examinada, segundo avança a RTP, pelo organismo espanhol responsável pelos direitos de propriedade intelectual, que tem de decidir se a empresa de carnes situada em Málaga (Espanha) pode ser registada com aquele nome.

Especializada na produção de presuntos, a sociedade afirma nos seus folhetos de apresentação que é “um projeto que nasce com o sentimento e o orgulho de ser andaluz e espanhol”.

A empresa foi criada em dezembro de 2017 no auge do movimento separatista catalão, que inspirou o seu fundador, Alberto González López, quando este decidiu juntar uma palavra em inglês e outra em francês para formar o nome ‘Pig Demont’ (‘porco’ e ‘monte’).

O líder independentista Carles Puigdemont, à espera de uma decisão da Justiça alemã para ser extraditado para a Espanha, sustenta no requerimento apresentado que se trata de uma cópia da sua imagem e nome e exige ao Gabinete de Patentes e Marcas espanhol que o elimine.

“A imagem é de um porco porque vendo presuntos e não quis insultar ninguém”, explicou González López no recurso que apresentou ao requerimento de Puigdemont.

A empresa também comercializa um vinho gasoso com o nome ‘Rufian’ que coincide com o de Gabriel Rufian, o deputado do parlamento espanhol de um partido independentista da Catalunha.

Mesmo que a empresa venha a ser condenada a deixar cair o nome, já por certo atingiu um dos seus objetivos: tornar-se uma marca com notoriedade no mercado interno espanhol.

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