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Obama estreia-se na campanha de Biden antes do último debate frente a Trump

O antigo presidente estará num comício em Filadélfia, Pensilvânia, no dia a seguir à visita de Trump ao mesmo estado, que é visto como um dos decisivos na eleição geral. O atual presidente venceu aqui por 0,7 pontos percentuais em 2016, mas as sondagens não lhe dão vantagem este ano.
  • Joshua Roberts/Reuters
22 Outubro 2020, 00h01

A menos de duas semanas do dia marcado para a eleição presidencial norte-americana, o antigo presidente Barack Obama fará a sua primeira aparição na campanha na noite de quarta-feira, num comício ao ar livre em Filadélfia, no estado decisivo da Pensilvânia.

O comício em que aparecerá aquela que é, ainda hoje, uma das figuras de destaque do Partido Democrata realiza-se no dia antes do último debate entre Joe Biden, o vice-presidente durante os mandatos de Obama, e Donald Trump, o presidente incumbente. Além disso, o formato escolhido foi o de drive-in, em que os participantes escutarão os discursos no rádio dos seus carros, de forma a cumprir com as regras de distanciamento social.

Obama, que se tem mantido discreto durante a corrida ao cargo que ocupou durante oito anos, falará no estado Natal do candidato democrata. Em 2016, Hillary Clinton perdeu a renhida luta com Donald Trump por menos de 45 mil votos, isto num estado com tradição predominantemente democrata nos últimos 30 anos.

Joe Biden teve, até há 10 dias, uma vantagem crescente nas sondagens no estado, que é visto como um dos decisivos na eleição geral. Segundo a compilação de sondagens da FiveThirtyEight, a 10 de outubro Biden liderava por 7,3 pontos percentuais (p.p.); desde aí a vantagem caiu 1p.p., o que indica uma corrida longe de fechada.

Por sua vez, o presidente Trump continuará a sua campanha pelos estados chave desta eleição, tendo para quarta-feira agendado um comício num aeroporto na Carolina do Norte. O presidente esteve precisamente na Pensilvânia esta terça-feira, onde garantiu aos seus apoiantes que se vencer o estado, a eleição não lhe foge.

Apesar de as eleições estarem marcadas para dia 3 de novembro, com a massificação do acesso ao voto por correspondência há quase 40 milhões de americanos que já exerceram o seu direito democrático, número que faz antever uma afluência às urnas recorde. Segundo a média de sondagens da FiveThirtyEight, Biden tem uma vantagem nacional de 10,1 p.p. sobre Trump, além de vencer em 88 de cada 100 eleições simuladas pela plataforma.

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