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OE2020: João Cotrim Figueiredo defende privatização da RTP, TAP e CGD para “reduzir imediatamente a dívida pública em 3%”

“Dizem-me que as cadeias de restaurantes de sushi são um excelente negócio e não é por isso que espero que os senhores defendam no próximo Orçamento do Estado que o Estado passe a ser dono de uma cadeia de restaurantes de sushi”, defendeu o deputado da Iniciativa Liberal, criticando igualmente o chumbo do PS, PSD e PCP à sua proposta para acabar com benefícios fiscais aos partidos políticos.
  • Presidente do Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim Figueiredo
6 Fevereiro 2020, 11h14

O deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, voltou à apelar, durante o debate parlamentar antes da aprovação das últimas alterações na especialidade do Orçamento do Estado para 2020, à privatização da RTP, TAP e Caixa Geral de Depósitos (CGD), pois considera que “não faz sentido nenhum que o Estado detenha esse tipo de empresas” e porque a venda das empresas permitiria “reduzir imediatamente a dívida pública em mais de 3%”,

“São bons negócios? A RTP recebeu em 2017, faltando ainda as contas de 2018 quando já estamos em 2020, 216 milhões de euros de contribuição audiovisual. Não me parece ser um extraordinário negócio, pois mal gere cash flow operacional. A TAP gerou no primeiro semestre do ano passado 118 milhões de euros de prejuízos, mais do que tivera no ano anterior, e a Caixa Geral de Depósitos foi beneficiária de cinco mil milhões de euros de injeções de dinheiro público nos últimos anos”, disse Cotrim Figueiredo.

“Dizem-me que as cadeias de restaurantes de sushi são um excelente negócio e não é por isso que espero que os senhores defendam no próximo Orçamento do Estado que o Estado passe a ser dono de uma cadeia de restaurantes de sushi”, acrescentou o deputado da Iniciativa Liberal, questionando que o serviço público assegurado, melhor ou pior, pela RTP, TAP e CGD não implica necessariamente que sejam detidas pelo Estado.

Também criticado por Cotrim Figueiredo foi o chumbo à sua proposta para reverter benefícios fiscais dos partidos políticos, descrevendo o PS, PSD e PCP como “partidos que gostam de impostos tirando quando são eles a pagá-los”. Face às críticas dos deputados socialistas, segundo os quais esta proposta abre caminho ao financiamento privado dos partidos, o presidente da Iniciativa Liberal recordou que o PS recebeu no ano passado 5,3 milhões de euros em subvenções públicas, além de 1,8 milhões de euros de quotas de filiados, enquanto gastou três milhões de euros em campanhas eleitorais.

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