O Papa Francisco sugeriu que a NATO poderá ter motivado a invasão da Rússia à Ucrânia, numa ocasião onde voltou a reforçar a sua vontade de se encontrar com o presidente russo.
Francisco disse que a NATO “ladrou” à porta da Rússia e que isto pode ter provocado a invasão da Ucrânia.
Numa entrevista ao jornal italiano “Corriere della Sera”, o Papa refletiu sobre a agressão letal da Rússia ao seu vizinho e disse que, embora não se possa chegar ao ponto de dizer que a presença da NATO em países próximos “provocou” Moscovo, e “talvez facilitou” a invasão.
Relativamente ao uso de armas, o pontífice está dividido quanto ao fornecimento de armas aos ucranianos.
“Estou muito longe de poder responder à questão sobre se é certo fornecer armamento aos ucranianos. O que está claro é que as armas estão a ser testadas naquela terra. Os russos sabem agora que os tanques são de pouca utilidade e estão a pensar noutras alternativas. As guerras são travadas para isso: para testar as armas que produzimos”, garantiu.
Quanto à visita aos países em guerra, o Papa explicou que primeiro quer ir a Moscovo e referiu que sente que não tem de ir à Ucrânia.
“Não vou a Kiev agora. Enviei o Cardeal Michael Czerny e o Cardeal Konrad Krajewski, que lá foram pela quarta vez. Sinto que não preciso ir. Primeiro tenho que ir a Moscovo, primeiro tenho que conhecer Putin”, destacou.
O Papa tem demonstrado, em diversas ocasiões, a sua vontade de se encontrar com e presidente russo e três semanas depois de ter começado a guerra, a 24 de fevereiro, Francisco formalizou um pedido e ainda aguarda resposta.
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