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PCP: “Estado continua a pagar a conta da limpeza do Novo Banco”

“Desde 2018 que o PCP tem vindo a denunciar a gestão danosa por parte da atual administração dos ativos do Novo Banco como prejuízo para o Estado”, garantiu Duarte Alves.
1 Setembro 2020, 13h52

O deputado do PCP, Duarte Alves, disse hoje que o “Estado continua a pagar a conta da limpeza do Novo Banco”, esta terça-feira, 1 de agosto.

“Estas perdas hoje divulgadas revelam mais uma vez que o PCP tinha e tem razão quando afirma que uma vez que o Estado continua a pagar a conta da limpeza do Novo Banco”, referiu Duarte Alves em conferência de imprensa.

“Desde 2018 que o PCP tem vindo a denunciar a gestão danosa por parte da atual administração dos ativos do Novo Banco como prejuízo para o Estado”, garantiu Duarte Alves cujo partido acredita que o banco deveria ser “revertido para a esfera publica e deve ser colocado ao serviço da economia e ao serviço do país”.

Posto a revelação da auditoria aos partidos, agora o PCP acredita que “com o envio por parte do governo desta auditoria para o Ministério Público devem ser apuradas todas as responsabilidades judiciais relativamente aos atos de gestão danosa no Novo Banco”.

“Mais uma vez se confirma que o escândalo do BES continua com o Novo Banco desde logo com a fraudulenta resolução pelo governo PSD/CDS-PP em que se mentiu aos portugueses dizendo que é possível resolver [os problemas do] banco com o que restava dos fundos da Troika e separando um suposto banco bom do banco mau”, sublinhou Duarte Alves.

O deputado do partido comunista também atribuiu responsabilidade ao executivo de António Costa pela “ruinosa privatização pelo governo PS em que se entregou praticamente a custo zero o Novo Banco a um funde abutre que continua a gerir os ativos de acordo com os seus interesses e por forma a utilizar toda a garantia que foi prestada ou se foi possível até ultrapassa-la”.

A 20 de maio, o primeiro-ministro, António Costa, assegurava, durante o debate quinzenal, que se a auditoria ao Novo Banco falhasse, o Fundo de Resolução podia reaver o dinheiro. “Não tenho a menor dúvida que, se a auditoria constatar que o banco cometeu falhas de gestão que injustificavam as injeções que foram feitas, o Fundo de Resolução tem toda a legitimidade de agir no sentido da recuperar o dinheiro que desembolsou e não tinha que desembolsar”, anunciou António Costa.

Segundo avançou o Jornal Económico, o documento a que tiveram acesso os deputados poderá não estar completo, pois as informações sob segredo bancário deverão ter sido excluídas à semelhança de outro tipo de relatórios que tem acesso condicionado e foram igualmente amputados de informação

A entrega da auditoria, que revela perdas de 4.042 milhões de euros para o Novo Banco, à Assembleia da República aconteceu depois do Parlamento ter aprovado uma lei que obrigava o Banco de Portugal a fazer um relatório extraordinário em fevereiro de 2019. A lei definia que o Banco de Portugal tinha de elaborar um documento com informação sobre os devedores das instituições financeiras que tinham recebido apoios do Estado nos últimos 12 anos.

 

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