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Pfizer afirma que vacina tem 91% de eficácia e protege contra variante sul-africana (com áudio)

Embora a eficácia seja ligeiramente inferior àquela anunciada em novembro (95%), que foi determinada com base nos ensaios clínicos que contaram com a participação de 44 mil pessoas, a Pfizer relembra que é importante ter em conta o surgimento de novas variantes desde então.
1 Abril 2021, 15h54

A Pfizer e a BioNTech anunciaram, esta quinta-feira, a vacina desenvolvida contra a Covid-19 tem uma eficácia de 91% na prevenção da doença, citando dados de ensaios actualizados que incluíram participantes inoculados por seis meses.

A vacina também foi 100% eficaz na prevenção da doença entre os participantes de um ensaio na África do Sul, onde foi registada uma variante do coronavírus (B1351). No entanto, a taxa deriva de um número relativamente reduzido de nove infecções observadas no ensaio, todas no grupo de placebo, cita a “Reuters” o comunicado das farmacêuticas.

Embora a eficácia seja ligeiramente inferior àquela anunciada em novembro (95%), que foi determinada com base nos ensaios clínicos que contaram com a participação de 44 mil pessoas, a Pfizer relembra que é importante ter em conta o surgimento de novas variantes desde então.

O CEO da Pfizer, Albert Bourla, disse que o resultado atualizado, que inclui dados sobre mais de 12 mil pessoas totalmente inoculadas por pelo menos seis meses, posiciona os fabricantes de medicamentos a serem submetidos à aprovação regulatória dos EUA.

Os dados do ensaio “fornecem os primeiros resultados clínicos que uma vacina pode efectivamente proteger contra as variantes actualmente em circulação, um factor crítico para alcançar a imunidade colectiva e acabar com esta pandemia para a população global”, disse Ugur Sahin, director executivo da BioNTech, em comunicado.

https://jornaleconomico.pt/noticias/vacina-da-pfizer-biontech-e-100-eficaz-em-criancas-entre-12-e-15-anos-720707

Esta semana, as farmacêuticas norte-americana e alemã também deram conta que a vacina é 100% eficaz em crianças entre os 12 e os 15 anos, de acordo com os resultados obtidos num ensaio clínico de “Fase 3” que envolveu 2.260 participantes, nos Estados Unidos.

Durante os ensaios clínicos, registaram-se 18 casos de infeção, todos no grupo que recebeu um placebo e não a vacina real. Ou seja, nenhuma das crianças que recebeu a vacina desenvolveu a doença, nota a Pfizer, acrescentando que a vacina também foi bem tolerada, não produzindo efeitos secundários leves e consistentes com aqueles que se veem, em alguns casos, nos adultos.

Ainda assim, a BioNTech reiterou esta semana que provavelmente haverá uma necessidade futura de doses de reforço que abordem especificamente novas variantes e que o grupo já se prepara para atualizar a sua vacina quando necessário.

A vacina foi 100% eficaz na prevenção de doenças graves, conforme definido pelos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, e 95,3% eficaz na prevenção de doenças graves, conforme definido pela Food and Drug Administration dos EUA.

Também não houve problemas sérios de segurança sanitária observados nos participantes do ensaio até seis meses após a segunda dose, disseram as empresas. Acrescentaram que, regra geral, era igualmente eficaz, independentemente da idade, raça, sexo ou etnia, e entre participantes com uma variedade de condições médicas existentes.

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