Portugal emitiu hoje Bilhetes de Tesouro e colocou 1.580 milhões de euros de dívida de curto prazo, dos quais 735 milhões de euros em dívida a três meses e 845 milhões de euros a onze meses.
Na emissão a três meses a taxa de juro do cupão foi de 3,73% e a procura superou a oferta em 2,12 vezes, sendo este o primeiro leilão do ano para esta maturidade.
Na emissão a onze meses a taxa foi de 3,44% que compara com os 3,443% obtidos no leilão de março. A procura totalizou 2.115 milhões de euros, 2,5 vezes o montante colocado.
O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública tinha anunciado um leilão duplo de BT a três e 11 meses, com um montante indicativo global entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros. Portanto a colocação superou o montante superior do intervalo.
O Diretor de Investimentos do Banco Carregosa, Filipe Silva, diz que “continuamos num regime de curva invertida em taxas de juro, o que faz com que as taxas de curto prazo sejam superiores às de longo prazo, motivo pelo qual o leilão de 3 meses tem uma taxa superior à de 11 meses”.
“O prémio de risco nacional tem vindo a estar alinhado com os movimentos das restantes dividas soberanas core. Nas últimas semanas não temos tido grandes variações na dívida de curto prazo”, acrescenta o especialista do Carregosa.
“O Banco Central Europeu deverá iniciar o processo de descida de taxas de juro em junho, uma vez que os dados económicos estão a ir de acordo com as suas expetativas. Alterações para além dessa data serão avaliadas em cada reunião. Se a tendência se mantiver, é provável que venhamos a assistir a uma descida dos prémios de risco da dívida de curto prazo, não só de Portugal mas também dos restantes países da Zona Euro”, defende Filipe Silva.
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