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Portugal é o país com mais zona queimada da zona mediterrânica

Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e Turquia totalizam mais de 80% da área total queimada no continente europeu anualmente. A luta contra os incêndios na zona mediterrânea atinge custos de dois mil milhões de euros a cada ano.
4 Julho 2019, 15h36

A organização não governamental ‘World Wide Fund for Nature’ divulgou esta quinta-feira, 4 de julho, o relatório ‘Arde o Mediterrâneo’ onde falam sobre os incêndios que têm ocorrido desde o início do século, em 2000.

Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e Turquia totalizam mais de 80% da área total queimada no continente europeu anualmente. Em média, 375 mil hectares de floresta são queimados em apenas um ano na região do Mediterrâneo, em mais de 56 mil desastres florestais.

O relatório da WWF revela ainda o facto de 96% dos incêndios terem origem criminosa. Os incêndios florestais já não são um problema exclusivo de uma região, nem um problema limitado ao verão, uma vez que 55% dos incêndios nos países do relatório ocorreram no mês de outubro.

Portugal é o país da lista onde mais superfície é queimada anualmente, registando uma média de 22.600 incêndios. A vizinha Espanha surge em segundo lugar com 12 mil incêndios e a Grécia em terceiro com nove mil incêndios.

A luta contra os incêndios na zona mediterrânea atinge custos de dois mil milhões de euros a cada ano. Em média, 80% estão destinados à extinção, cerca de 1,5 milhões, contra apenas 20%, ou seja 385 milhões de euros, que é canalizado para a prevenção.

“Os ecossistemas mediterrâneos são especialmente vulneráveis ​​às alterações climáticas”, segundo a WWF. Um dos grandes culpados é o aumento da temperatura que se tem verificado. “Em junho de 2017 produziu-se em Portugal, pela primeira vez, uma nova tipologia de incêndios desconhecida”, assume o relatório. “Um megaincêndio de sexta geração, claramente vinculado às alterações climáticas. Extremo, incontrolável e letal”, sendo que este “tipo de incêndio se voltou a repetir em outubro do mesmo ano”.

Entre 2000 e 2016, cerca de 488 bombeiros e civis europeus perderam a vida, o que pressupõe um número de 30 vítimas mortais por ano. Atualmente, estes incêndios florestais representam perdas de três mil milhões de euros, por ano, para a Europa.

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