Os principais indicadores ambientais apresentaram decréscimos à medida que a atividade económica crescia em 2018, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira, 14 de outubro. O potencial de aquecimento global apresentou um decréscimo de 4,5%, o de acidificação caiu 2,4% e o de formação de ozono troposférico também caiu 1,6%, sendo que a economia cresceu 2,7%.
Desta forma, os dados do INE sustentam que se verificou uma redução do impacto ambiental com o crescimento económico, uma alteração face ao que tinha sucedido em 2017.
De acordo com o gabinete estatístico, o potencial de aquecimento global atingiu 66,9 milhões de toneladas de equivalente de dióxido de carbono (CO2) em 2018. “As emissões para a atmosfera de dióxido de carbono, óxido nitroso (N2O) e metano (CH4) diminuíram 6%, 0,8% e 0,5%, pela mesma ordem, em comparação a 2017. Por sua vez, as emissões de outros gases aumentaram 4,4%.
No entanto, apesar da diminuição observada em 2018, os valores de potencial de aquecimento global continuam acima dos valores verificados em 2013 e 2014, os mais baixos desde 2010.
Segundo os dados, como sucede desde 1999, “o ramo de atividade económica que mais contribuiu para o potencial de aquecimento global foi a energia, água e saneamento (32,2%)”, sendo que face a 2017, “este foi também o ramo de atividade que mais reduziu as suas emissões (-11,4%)”.
O ramo da energia, água e saneamento foi responsável por 16,8 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono, sendo que deste ramo, a indústria foi responsável por 14,6 milhões de toneladas de emissões, “representando no seu conjunto 61,3% do total das emissões de CO2 para a atmosfera”. A agricultura, silvicultura e pesca emitiram as maiores quantidades de metano e óxido nitroso, respetivamente 45,9% e 48,1%.
A intensidade carbónica, que quantifica a relação entre as emissões do potencial de aquecimento global necessárias para a obtenção de todos os bens e serviços produzidos, mostra que a economia portuguesa foi a que verificou a menor intensidade da série em análise em 2018, apresentando um decréscimo de 7,2% face ao ano anterior. Entre 2010 e 2018, a intensidade carbónica portuguesa decresceu 6,9%.
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