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Primeiro-ministro do Japão renúncia ao cargo por motivos de saúde

“Não posso ser primeiro-ministro se não poder tomar as melhores decisões para o povo. Decidi deixar o meu cargo”, afirmou Shinzo Abe, de 65 anos, numa conferência de imprensa, citada pelo canal de televisão estatal “NHK”.
  • Shinzo Abe
28 Agosto 2020, 10h23

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, renunciou ao seu mandato por motivos de saúde, numa decisão já confirmada pelo próprio esta sexta-feira segundo a comunicação social japonesa. Chefe de governo pela segunda vez desde 2012, Abe é a figura política do Japão que mais anos se manteve na liderança do governo e preferiu retirar-se para que a sua condição de saúde não possa provocar erros de governação.

“Não posso ser primeiro-ministro se não poder tomar as melhores decisões para o povo. Decidi deixar o meu cargo”, afirmou Shinzo Abe, de 65 anos, numa conferência de imprensa, citada pelo canal de televisão estatal “NHK”.

Abe sofre de uma doença crónica há vários anos, nomeadamente uma colite ulcerosa. A renúncia de Shinzo Abe surgiu depois de se ter gerado uma discussão pública em torno do seu estado de saúde este verão. O debate intensificou-se neste mês de agosto, após o primeiro-ministro demissionário ter dado entrada por duas vezes num hospital de Tóquio, para realizar exames.

De acordo com a agência de notícias japonesa “Jiji”, a saída de cena de Abe põe termo a um período em que tentou retomar o crescimento do país, reforçar a defesa e impulsionar o perfil do Japão no mundo. O Japão é a terceira maior economia do mundo.

Além de primeiro-ministro, cujo mandato só terminaria em setembro de 2021, Shinzo Abe é também o líder do Partido Liberal Democrático (PDL). O PDL já fez saber que vai escolher o sucessor de Abe em breve, para evitar um vácuo político.

Esta não é a primeira vez que o político japonês se vê forçado a deixar a liderança do governo devido a problemas de saúde. Shinzo Abe, já tinha renunciado abruptamente ao cargo de primeiro-ministro em 2007, na primeira vez que foi eleito para chefiar o governo, quando a colite ulcerosa lhe foi diagnosticada.

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