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PSD quer saber se Governo tem solução para a falta de médicos de família na Lezíria

Segundo a Lusa, que cita um documento do PSD, “estima-se mesmo que no concelho de Salvaterra de Magos existam 12 mil utentes sem médico de família atribuído, o que representa 54,2% da população local, em Almeirim 6 mil utentes sem médico de família, isto é, 25,7% da população desse concelho, na Chamusca 3.750, ou seja, 37,1% dos residentes nesse concelho, no Cartaxo 2,2 mil e em Rio Maior 3,8 mil utentes sem médico de família”.
  • Foto cedida
23 Setembro 2017, 19h14

O PSD pergunta ao Governo por soluções para os utentes sem médico de família na Lezíria, avança a Lusa.

Os sociais-democratas querem saber como vai o Governo resolver a falta de médicos de família na Lezíria, em particular nos concelhos de Salvaterra de Magos, Almeirim e Rio Maior, onde 21.800 utentes estão em lista de espera. Estes são  dados da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Os deputados referem que dos cerca de 200.000 utentes deste ACES, “17% não possui médico de família atribuído (34.316), sendo os concelhos de Salvaterra de Magos, Almeirim e Rio Maior os que maiores listas de espera têm”.

Num requerimento entregue sexta-feira no Parlamento, os deputados do PSD lembram que, na região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lezíria, que engloba nove concelhos (Almeirim, Alpiarça, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém), “é um dos mais expressivos exemplos da falta de médicos de família” no país.

Segundo a Lusa, “estima-se mesmo que no concelho de Salvaterra de Magos existam 12 mil utentes sem médico de família atribuído, o que representa 54,2% da população local, em Almeirim 6 mil utentes sem médico de família, isto é, 25,7% da população desse concelho, na Chamusca 3.750, ou seja, 37,1% dos residentes nesse concelho, no Cartaxo 2,2 mil e em Rio Maior 3,8 mil utentes sem médico de família”, acrescenta o requerimento, assinado pelo deputado Duarte Marques.

O documento lamenta o “incompreensível atraso do Governo na abertura de concursos”, o que “impediu, por largos meses, a possibilidade de contratação dos 291 médicos que terminaram em abril passado a especialização (…), comprometendo a atribuição de médico de família a muitos milhares de portugueses”. O PSD diz que só no passado dia 7 de setembro foi publicado em Diário da República o aviso a determinar a abertura de concurso nacional para o preenchimento de 290 postos de trabalho para a categoria de assistente em medicina geral e familiar, sendo que “o número de postos a preencher no ACES Lezíria será em qualquer caso manifestamente insuficiente para fazer face às necessidades locais”.

Segundo a Lusa que cita um anexo do anúncio, Salvaterra de Magos, atualmente com 12.000 dos 22.159 utentes sem médico de família (54,2%), passará, com a colocação de quatro clínicos, a ter 4.400 utentes sem médico de família (19,9%).

No caso de Almeirim, a colocação de dois médicos fará reduzir dos atuais 6.000 utentes sem médico de família (25,7% dos 23.376 inscritos) para 2.200 (9,4%). Rio Maior, com a colocação de um médico de família, verá reduzir para 1.900 (9% dos 21.192 inscritos) os atuais 3.800 utentes sem médico de família (17,9%).

Os deputados querem ainda saber “como e quando tenciona o Governo atribuir médico de família aos 8.500 utentes da saúde dos concelhos de Salvaterra de Magos, Almeirim e Rio Maior que continuarão sem acesso a esses clínicos, mesmo após o preenchimento dos postos de trabalho abertos a concurso”, refere a Lusa.

 

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