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“Queda de 30% a 50%”. Confinamento provocado pela Covid-19 reduziu atividade sísmica, diz estudo belga

O surto de coronavírus obrigou o mundo a parar, com consequências graves para a economia, mas já começa a ter efeitos positivos no meio ambiente.
  • REUTERS/Alvaro Vidal
3 Abril 2020, 17h12

Com a redução da circulação das pessoas, a atividade sísmica diminuiu. Quem o diz são os sismólogos do Observatório Real da Bélgica (ORB), citados pela Exame Brasil. A pandemia de Covid-19 obrigou a governos por todo o mundo a estabelecer medidas de recolher obrigatório e as consequências para o planeta começam a aparecer, segundo a agência Brasil.

O surto de coronavírus obrigou o mundo a parar, com consequências graves para a economia, mas já começa a ter efeitos positivos no meio ambiente. Menos poluição é um dos fatores principais, mas o ORB destaca que a atividade sísmica também tem estado a diminuir.

Thomas Lecocq, geólogo e sismologista do Observatório Real na Bélgica, observou que em Bruxelas houve uma redução de 30% a 50% do ruído sísmico desde março, altura em que a Bélgica implementou as medidas de recolher obrigatório e obrigou o fecho de vários estabelecimentos.

“Desde o início da quarentena, observámos um nível de ruído sísmico semelhante ao que geralmente detetamos aos fins de semana ou durante os períodos de férias. Uma queda de 30% a 50%”, disse o sismólogo, em entrevista ao Daily Science Brussels.

Thomas Lecocq destaca ainda outro efeito relacionado com a diminuição do ruído, os cientistas conseguem detetar terramotos mais pequenos e outros eventos sísmicos que algumas estações sísmicas nunca conseguiriam registar.

Com base nas observações do ORB, para Lecocq é a prova que “que toda a gente está em casa. Todos estão a fazer o mesmo, todos estão respeitando as regras”.

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