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Respostas Rápidas: como vai funcionar o plano de vacinação contra a Covid-19 na Madeira

O plano de vacinação da região contra o coronavírus tem elegíveis para vacinação cerca de 206 mil habitantes. O envio das vacinas deve ocorrer “em cada trimestre de 2021 e até ao primeiro trimestre de 2022”. O primeiro lote deve ter 9.750 vacinas, deve chegar esta semana, e a vacinação deve começar antes do final do ano, de acordo com a previsão do executivo madeirense. Estão previstos três grupos prioritários de vacinação.
29 Dezembro 2020, 07h45

O plano de vacinação contra a Covid-19 da Madeira foi apresentado na semana passada e prevê que as primeiras doses da vacina devam chegar ainda esta semana e comecem a ser administradas à população antes do final do ano, conforme adiantou Miguel Albuquerque, presidente do Governo da Madeira.

O Governo da Madeira nomeou uma comissão coordenadora para elaborar o plano de vacinação contra a covid-19 constituída por: Herberto Jesus, diretor regional da Saúde; Bruna Gouveia, subdiretora regional da Saúde; Maurício Melim, Autoridade de Saúde do Município do Funchal; José Júlio Nóbrega, diretor clínico do SESARAM, EPERAM; Martinha Garcia, diretora do serviço de Farmácia do SESARAM, EPERAM; José Manuel Ornelas, enfermeiro-diretor do SESARAM, EPERAM Carla Carvalho, coordenadora do Núcleo de Tecnologias e Sistemas de Informação do SESARAM, EPERAM.

Isto é o que deve saber sobre o plano de vacinação contra a covid-19 da Madeira, elaborado pela comissão coordenadora.

Qual é o universo de pessoas elegíveis para vacinação na Madeira?

Estão elegíveis para a vacinação na região cerca de 206 mil habitantes.

Como será feita a distribuição das vacinas?

A distribuição das vacinas contra o coronavírus será faseada, tal como acontece com a vacinação, em linha com o que se sucede noutros países. Na Madeira o plano de vacinação inclui a população residente na região com idade superior a 18 anos.

Quando é que chegam as vacinas?

As vacinas contra a covid-19 vão chegar à região em diversos momentos. O plano indica que o envio das vacinas ocorra “em cada trimestre de 2021 e até ao primeiro trimestre de 2022”. O primeiro lote deve ter 9.750 vacinas.

Quais serão os critérios para a distribuição das vacinas?

A disponibilização das vacinas terá em conta fatores como: “proporcionalidade, o princípio da continuidade
territorial, a coesão social, em suma, a Lei Fundamental da República”, explica a comissão coordenadora.

Terei que pagar para ser vacinado contra a covid-19?

Não. A vacina é gratuita. O plano de vacinação vai seguir várias orientações. Desta já a vacinação será universal, ou seja, destina-se “a qualquer pessoa presente no território, desde que a vacina esteja clinicamente indicada para essa pessoa”.

A gratuitidade é outro dos princípios do plano de vacinação. A vacina é também acessível, o que significa que “qualquer pessoa para quem a vacina esteja clinicamente indicada terá acesso aos pontos de vacinação, de acordo
com o seu grau de necessidade/benefício com a vacinação/prioridade”.

A vacinação é equitativa, “na medida em que os critérios de acesso à vacina são equitativos dentro do mesmo grupo de necessidade/benefício da vacina”, a vacinação será planeada levando em conta “a alocação das vacinas contratadas para Portugal”, e será administrada faseadamente “a grupos prioritários, até que a população elegível esteja toda vacinada”, e será administrada no SESARAM.

Quais são os grupos prioritários?

Estão definidos três grupos prioritários e consequentemente três fases de vacinação. A primeira fase vai incluir “(1) Profissionais e residentes em lares e instituições similares; Profissionais e internados em unidades de cuidados continuados; (2) Pessoas com 50 ou mais anos, com pelo menos uma das seguintes patologias: (Insuficiência cardíaca; Doença coronária; Insuficiência renal (TFG< 60ml/min); DPOC ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração; (3) Profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados a doentes; Profissionais das forças armadas, forças de segurança e serviços críticos”.

Na segunda fase estão incluídos: “Pessoas com 65 ou mais anos com ou sem patologias (que não tenham sido
vacinadas previamente); (2) Pessoas entre 50 e os 64 anos com pelo menos uma das seguintes patologias: (Diabetes; Neoplasia maligna ativa; Doença renal crónica (TFG> 60ml/min); Insuficiência hepática; Obesidade (IMC>35kg/m2); Hipertensão arterial; Outras patologias poderão ser definidas posteriormente”.

Tem ainda uma terceira fase, que será definida de acordo com a evolução. A comissão coordenadora refere que nesta fase de vacinação está incluída: “Toda a restante população, caso sejam cumpridos os calendários de chegada das vacinas; (2) Novos grupos prioritários poderão ser definidos, caso os calendários não sejam cumpridos”.

Quantas pessoas estão incluídas em cada uma das três fases?

A primeira fase de vacinação compreenderá 50 mil pessoas residentes no arquipélago, a segunda mais 50 mil pessoas e a terceira as restantes 100 mil previstas no plano, de acordo com Herberto Jesus, diretor regional da Saúde.

Onde serão administradas as vacinas?

No plano de vacinação estão incluídos: Centros de Saúde (CS) da RAM; Hospitais do SESARAM, EPERAM; Unidades de Internamento (Agudos, RCCI, UILD) e Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas; Serviços de consulta; Domicílios (na impossibilidade do doente se deslocar ao Centro de Saúde); Centros de dia/ Convívio; Outras instituições que acolhem/integram grupos de risco.

Qual é o objetivo proposto pela comissão coordenadora do plano de vacinação?

O objetivo traçado pela equipa responsável pelo plano de vacinação, na Madeira, contra o coronavírus, passa por vacinar o maior número de pessoas possível, “idealmente 60-80% da população”.

Entre os objetivos está também “controlar e minimizar os efeitos adversos; reduzir as perdas e ineficiências da vacinação; otimizar a logística numa perspetiva “just in time””.

Quais são as funções da comissão coordenadora?

A comissão coordenadora para a vacinação contra a covid-19, nomeada pelo executivo madeirense, terá como funções a elaboração do plano, a operacionalização e a monitorização de todo o processo. Os membros que constituem a comissão coordenadora “funcionam “em rede” e “em tempo real”, com várias entidades no contexto nacional e regional”.

Quem irá implementar o plano de vacinação?

Essa função está a cargo de Serviço Regional de Saúde (SESARAM). Esta entidade tem também como responsabilidade a “administração da vacina, a cadeia logística, e o processo de registo”.

Quais serão as vacinas administradas na região?

O plano elaborado pela comissão coordenadora prevê que a vacinação seja feita “com vacinas diferentes e programada de acordo com o número de vacinas disponível no país e na região”.

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