Porque é que o Governo tem antecipado os pagamentos ao FMI?
O Governo tem procurado antecipar o pagamento do empréstimo contraído junto do FMI, porque o seu custo é mais elevado do que aquele que a República Portuguesa paga, atualmente, no mercado. O custo anual do empréstimo do FMI é superior a 4,2%, mais do dobro dos juros a que a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) consegue financiamento.
Em novembro, o Tesouro concretizou uma emissão de obrigações a 10 anos, captando 1,25 mil milhões de euros, a uma taxa de 1,939%, a mais baixa de sempre. O custo médio implícito em 2017 de toda a emissão de nova dívida desceu para 2,6%.
Quanto é que já foi reembolsado?
Com o anúncio de que foram reembolsados mais 1.001 milhões de euros, o ministério das Finanças informa que já ficou pago cerca de 80% do empréstimo (cerca de 21 mil milhões de euros).
Segundo o boletim mensal do IGCP de novembro, a dívida de Portugal ao FMI era de 9.004 milhões de euros, a 31 de outubro. Com o reembolso feito, passa para 8.003 milhões de euros. Só este ano, o Tesouro português reembolsou o FMI em 10.013 milhões de euros. No ano passado tinham sido 4.500 milhões de euros.
Estão previstos mais reembolsos?
No próximo ano, o Estado prevê reembolsar mais 800 milhões de euros e outros 1,8 mil milhões de euros em 2021.
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