[weglot_switcher]

Salário dos gestores cresceu durante os anos da crise

Estudo das remunerações dos executivos de empresas cotadas em Portugal indica que salários subiram durante os anos da crise até à saída da troika.
2 Dezembro 2018, 09h37

Os salários dos gestores de empresas cresceram durante os anos de crise nacional, tendo atingido a nível médio os 550 mil euros em 2011, ano em que o Governo português pediu ajuda externa. Em termos médios, os gestores das empresas cotadas na bolsa portuguesa saíram da crise melhor do que estavam antes: em 2016, ganharam em média 450.985 euros, mais 5,36% do que em 2008 (428.035 euros), segundo um estudo das remunerações dos executivos de empresas cotadas em Portugal, revelada pelo jornal “Público” este domingo.

Este estudo foi usado na tese de mestrado em Finanças que foi defendida e aprovada esta semana na Faculdade de Economia do Porto (FEP), sob orientação de Jorge Farinha. A autora da tese, Joana Real, recolheu informações e tentou analisar as contas de 2008 a 2016 de 37 empresas cotadas na bolsa portuguesa.

Comparando o cenário dos gestores com o dos trabalhadores por conta de outrem, verificou-se que o ganho médio (isto é, a remuneração total) dos trabalhadores era de 1.108 euros em 2016, mais 9,92% do que os 1.008 euros em 2008.

Mesmo com a maioria a ter remunerações variáveis, a verdade é que o nível dos honorários parece depender antes de outros factores que nada têm a ver com a evolução do negócio, como a dimensão da empresa, o setor em que se insere ou o poder do gestor.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.