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Sérgio Moro: ‘herói da ética’ está em queda livre

A polémica não lhe é estranha, ou não estivesse sob escrutínio público, desde que conduziu a megaoperação Lava Jato. O atual ministro da Justiça de Bolsonaro está cada vez mais fragilizado. O volte-face pode, no entanto, acontecer em 2022.
7 Setembro 2019, 10h00

Em 2016, milhares de brasileiros enchiam as ruas das principais cidades do Brasil em protestos contra o Governo, e Sérgio Moro disparava em popularidade. Figura indissociável da Lava Jato, a megaoperação que transformou o cenário político e empresarial brasileiro nos últimos anos, o antigo juiz de Curitiba viu, nesse ano, 57,9% dos participantes de uma sondagem do Paraná Pesquisas a não terem dúvidas: entre Moro e o antigo presidente do Brasil Lula da Silva, o primeiro seria o candidato ideal para ocupar o Palácio do Planalto. A par disso, o reconhecimento internacional também batia à porta, e após destaque em vários órgãos internacionais, a Bloomberg elegeu-o como o décimo homem mais influente do mundo. No entanto, em menos de quatro anos, e uma nomeação depois (a qual foi tudo menos isenta de críticas), tudo mudou.

O atual ministro da justiça de Jair Bolsonaro está em queda vertiginosa e é pouco provável que se mantenha no cargo até ao fim do mandato. Oito meses depois de assumir funções, o poder de Moro é testado pelos poderes legislativos e executivo e a sua intenção de reformar o sistema de justiça brasileiro e combater a corrupção esbarra na falta de apoio de Bolsonaro. O presidente brasileiro terá dito no início do mês, segundo meios de comunicação social brasileiros, que Moro deveria “dar um segurada” no seu projeto para não se sobrepor às reformas económicas.

Artigo publicado na edição semanal de 23 de agosto de 2019, do Jornal Económico. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.

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