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Terceira Tech Island capta investimento nacional e internacional

Este programa tecnológico de desenvolvimento económico do Governo Regional, lançado no início deste ano, já está a produzir resultados.
27 Agosto 2018, 07h10

O programa de desenvolvimento económico traçado pelo Governo Regional para a Ilha Terceira, designado por Terceira Tech Island, arrancou em outubro de 2017, com a criação de cursos de formação em programação, e desde então, conseguiu captar o investimento de seis empresas, que se instalaram na ilha e criaram postos de trabalho para os novos programadores. Além destas seis empresas, o Governo Regional já fez saber que está em contacto com outras 10 empresas tecnológicas nacionais e internacionais que querem instalar centros operacionais na Ilha Terceira.

O próximo curso começa em setembro e vai colocar à disposição das empresas que se queiram instalar na Ilha Terceira, mais 40 programadores altamente qualificados. O programa de formação e de requalificação continuará em 2019 e tem como objetivo atingir 200 programadores formados na Região até ao final do próximo ano.

Sobre a criação deste projeto, o vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Sérgio Ávila, afirma ao Jornal Económico que para além do “especial ênfase” que tem sido dado aos projetos dirigidos à produção de bens transacionáveis, inseridos em cadeias de valor associadas a recursos endógenos, a serviços de valor acrescentado, também a área das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), onde se enquadra o Terceira Tech Island, foi alvo de igual aposta.

Considerando tratar-se de um “projeto estruturante”, que visa criar um centro tecnológico (HUB) na ilha Terceira, ocupando um conjunto de infraestruturas nas imediações da Base das Lajes, Sérgio Ávila sublinha ainda que este “é um exemplo de como, perante a adversidade (redução da atividade da Base das Lajes), o Governo dos Açores procurou criar uma alternativa que hoje já se reveste de um enorme sucesso tanto na captação e instalação de empresas nacionais e internacionais na ilha como na criação de emprego, com grande potencial de empregabilidade, na área da programação avançada”.

A explicar o sucesso desta iniciativa, em sua opinião, estão mais-valias como o desenvolvimento de competências locais para preparar as pessoas para as novas exigências do mercado, assegurando assim o capital humano necessário à atração de empresas; bem como a criação de condições competitivas e de qualidade para as empresas se instalarem e conseguirem trazer para os Açores os seus quadros qualificados.

Particularmente sobre este aspeto da instalação das empresas, o vice-presidente do Governo Regional, avançou que o Governo disponibilizará “300 moradias unifamiliares de grande dimensão e conforto, situadas em frente ao mar – no chamado bairro americano (onde estavam alojados os militares americanos e as suas famílias) e ainda espaços multifuncionais de grandes dimensões, devidamente infraestruturadas”.

O sucesso do HUB tecnológico, para o responsável, também passa pela possibilidade de as empresas se candidatarem aos programas de investimento destinados à competitividade empresarial, um dos programas mais competitivos da União Europeia cujos incentivos podem chegar aos 60% a fundo perdido; a medidas para criação de postos de trabalho, a que acresce um diferencial fiscal vantajoso, na ordem dos 30% e 20%, em relação ao restante território português, em sede de IRS e IRC respetivamente, e uma taxa normal de iva de 18%, contra os 23% no Continente”.

Destaca-se ainda o facto dos certificados obtidos nos cursos promovidos no âmbito do Terceira Tech Island serem reconhecidos internacionalmente, o que pode traduzir num trunfo atendendo à forte procura por profissionais qualificados nas áreas de programação. Deste modo, “foi possível realizar o sonho da maioria das pessoas que passaram pelos cursos, colocando-as com sucesso no mercado de trabalho”, conclui Sérgio Ávila.

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