A Zoom Video Communications já não é aquela empresa de Wall Street que antes do confinamento e isolamento social impostos pela pandemia da Covid-19 ninguém conhecia.
De acordo com as contas relativas ao primeiro trimestre do ano fiscal de 2021 (de fevereiro a abril de 2020), divulgados na terça-feira, a dona da plataforma de videoconferências viu as receitas dispararem 169%, para os 328,2 milhões de dólares (293 milhões de euros), e o resultado líquido passar de 198 mil dólares (176,8 mil euros) há um ano para 27 milhões de dólares (24 milhões de euros).
A tecnológica sediada em San Jose, no estado norte-americano da Califórnia, fechou abril com 265.400 clientes empresariais com pelo menos 10 empregados, o que corresponde a um crescimento de 354% em comparação com o período homólogo de há um ano. O número de clientes que contribuem com mais de 100 dólares (89,3 euros) cresceu 90%.
“Ficamos impressionados com a adoção acelerada da plataforma Zoom em todo o mundo no primeiro trimestre. A crise da Covid-19 gerou um crescimento da procura nos serviços da Zoom. Os casos de uso cresceram rapidamente à medida que as pessoas integravam o Zoom no seu trabalho, nas escolas e na vida pessoal ”, afirmou o fundador e presidente executivo da empresa, o sino-americano Eric Yuan, em comunicado.
Segundo Yuan, existem hoje mais de 100 mil escolas em todo o mundo a usar o Zoom, para realizar ensino à distância.
O crescimento da Zoom verificou-se num período em que o teletrabalho foi adotado em todo o mundo, devido à pandemia da Covid-19. A empresa liderada por Eric Yuan, perante os resultados, reviu em alta as perspetivas de receitas e lucros para o exercício anual.
A empresa estima conseguir um volume de negócios de 1,8 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) no ano fiscal completo de 2021, o que quase triplica o valor registado nas contas relativas ao ano fiscal de 2020.
Tendo em conta que, desde o início de 2020, a cotação da Zoom mais do que triplicou em Wall Street, as contas agora reveladas deverão dar também um novo impulso aos títulos da tecnológica. Na sessão de terça-feira, a Zoom valorizou 3%, para 213,60 dólares, uma cotação cinco vezes superior ao preço da oferta pública inicial (36 dólares), com que a Zoom entrou em Wall Street, há 14 meses.
Ainda assim, na negociação “fora de horas”, após o fecho da sessão, as ações da Zoom recuaram 4%, tendo em conta os custos com serviços de cloud foram superiores ao esperado, de acordo com a CNBC. A empresa não tem infraestrutura própria para alojar o serviço de videoconferência que oferece ao mercado.
O valor em bolsa da Zoom é hoje de 58,6 mil milhões de dólares (52,3 mil milhões de euros).
A Zoom conseguiu crescer, apesar dos problemas de privacidade noticiados um pouco por todo o mundo, devido a episódios de aparecimento de intrusos em encontros e reuniões por vídeo.
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