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Banco de Fomento não será investidor mas fará empréstimos convertíveis em capital, realça Siza Vieira

“O banco não será um investidor em capital, não é função de uma sociedade financeira fazê-lo”, explicou o ministro da Economia em declarações proferidas na página do Partido Socialista (PS) no Twitter esta quarta-feira. O governante admite empréstimos convertíveis em capital.
  • Harry Murphy / Web Summit
11 Novembro 2020, 17h45

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, sublinhou o papel que o Banco de Fomento terá nos apoios às empresas e sublinhou que será possível que a instituição bancária faça empréstimos convertíveis em capital, em declarações proferidas na página do Partido Socialista (PS) no Twitter esta quarta-feira, dia 11 de novembro.

“O banco não será um investidor em capital, não é função de uma sociedade financeira fazê-lo”, explicou Pedro Siza Vieira. Contudo, quando questionado sobre se seria possível o Banco de Fomento fazer empréstimos convertíveis em capital, o governante referiu: “Isso pode ser”.

“Um Banco de fomento é um instrumento de política pública, ou seja, nós identificamos determinados objetivos de política pública de apoio ao investimento de diversificação do investimento da base industrial portuguesa e constatamos que o mercado por si só não é capaz de assegurar os recursos financeiros para que estas coisas possam acontecer na medida em que entendemos”, referiu o governante acrescentando que “a função do Banco de Fomento é compensar essa falha de mercado”.

A falha a colmatar, mencionada por Siza Vieira, será combatida “por exemplo, ao dizer aos bancos portugueses: precisamos que haja investimento industrial com prazos mais longos, estamos disponíveis para tomar algum risco nesta matéria”.

Siza Vieira explicou que a entidade financeira “não deve fazer operações com empresas que não estejam alinhadas com objetivos que temos de fazer crescer o nosso setor exportador de queremos substituir as importações, de querer apoiar as empresas que inovam, que investem em investigação e desenvolvimento que contribuem para o crescimento destes valores nacionais”.

“O Banco de Fomento vai fazer também operações de balanço, tomando risco, de projetos de investimento, de financiamento de investimento que as empresas precisam de fazer”, frisou Siza Vieira sublinhando que “temos neste momento uma grande falha no mercado bancário português que é a dificuldade que os nossos bancos têm em conceder crédito ao investimento”.

“Prazos longos e custo adequado para as nossas empresas, o que significa que não tendo esse acesso ao financiamento que os seus congéneres europeus têm . As empresas portuguesas têm grande dificuldades em concorrer nos mercados abertos”, disse o governante.

 

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