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Bruxelas destaca redução de 24 mil milhões de euros de malparado em Portugal

A Comissão Europeia apelou esta quarta-feira a que o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu dêem ‘luz verde’ aos restantes 10 fundamentos para concluir a União dos Mercados de Capitais. Portugal mereceu aplausos em matéria de NPLs.
28 Novembro 2018, 13h10

A Comissão Europeia apresentou esta quarta-feira o terceiro relatório de progressos na redução dos riscos da banca e na integração e estabilidade do sistema financeiro da União Europeia. Portugal ficou bem na fotografia no que toca à diminuição do crédito malparado (non-performing loans – NPL, sigla em inglês).

No documento divulgado esta manhã, Bruxelas aplaude a redução de 133 mil milhões de euros em NPL da folha de balanços dos bancos europeus nos últimos três anos, sendo que 24 mil milhões de euros correspondem às instituições bancárias nacionais – melhores estão apenas os bancos de Itália (que representam cerca de 103 mil milhões de euros deste montante). O Chipre completa o ‘top 3’ com uma redução de cerca seis mil milhões de euros.

Segundo os números divulgados, o malparado de todos os bancos da União Europeia caiu para 3,4% no final do segundo trimestre de 2018, uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado. “A estabilidade financeira foi consideravelmente reforçada nos últimos anos e a redução dos riscos no setor bancário da UE prossegue a um ritmo sustentado”, defende a mesma entidade.

A Comissão Europeia apelou ainda a que o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu dêem ‘luz verde’ aos restantes 10 fundamentos para concluir a União dos Mercados de Capitais (UMC). Valdis Dombrovskis, responsável pela Estabilidade Financeira, Serviços Financeiros e União dos Mercados de Capitais, pretende que os colegisladores cheguem a acordo até dezembro ou, pelo menos, antes das eleições para o Parlamento Europeu, em maio de 2019.

“Com base nos progressos alcançados em matéria de redução dos riscos, gostaria de convidar os ministros das finanças e os dirigentes da UE a chegarem, em dezembro próximo, a acordo sobre as medidas concretas a adotar em matéria de partilha de riscos. Todos temos a lucrar com uma União Económica e Monetária mais forte”, afirmou o vice-presidente da Comissão Europeia.

Em causa está o facto de, até agora, só três das 13 propostas de criação dos fundamentos da UMC terem sido aprovadas, nomeadamente:

  • Regulamento do Prospecto, adotado em junho de 2017 (para reduzir a burocracia para as empresas que procuram oportunidades de financiamento)
  • Regulamento relativo aos fundos europeus de capital de risco e empreendedorismo social, adotado em outubro de 2017 (para aumentar o investimento em capital de risco e projetos sociais)
  • Regulamento relativo às titularização simplificadas, transparentes e normalizadas (STS), adotado em dezembro de 2017 (para reforçar a confiança no mercado de titularização e liberta os balanços dos bancos).
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