Catarina Martins: “O Bloco de Esquerda quer muito que haja acordo”

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins reforçou a abertura do partido para negociar as medidas referentes ao Orçamento do Estado 2021 com o Governo esta segunda-feira, 19 de outubro, e assegurou que quer chegar a um acordo.

“O Bloco de Esquerda quer muito que haja acordo, nós queremos um bom Orçamento”, explicou Catarina Martins destacando que “o mais importante de tudo é que haja um orçamento que responda às necessidades do país e é para isso que temos trabalhado todos os dias ao longo de dois meses com muita seriedade, com muitas propostas e com muitas cabeça fria”.

À margem da sua visita ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve, a líder bloquista recordou que “estamos a viver uma situação difícil” e quando questionada sobre se estava mais próxima de aprovar a proposta do Orçamento de Estado para 2021, Catarina Martins frisou que “não tem havido muitos avanços negociais nos últimos 15 dias porque o Governo ficou num impasse”. “Vamos continuar e aguardamos que o Governo possa também dar alguns passos nesse sentido”, completou.

O BE tem demonstrado abertura para prosseguir as negociações com o executivo de António Costa, que em princípio vão decorrer na terça-feira, 20 de outubro. Na semana passada, a 15 de outubro, Catarina Martins garantiu manter “as portas abertas à negociação, mas também dizemos de uma forma muito franca que não nos comprometeremos quando os anúncios não correspondam ao efeito real na vida das pessoas”.

“O que o país não precisa é de anúncios que, por altura do orçamento, até possam ser simpáticos”, frisou Catarina Martins apontando que “ao longo de vários meses debatemos com o Governo medidas muito especificas e o que esperamos não é que o Governo aceite todas as propostas do Bloco de Esquerda, é que pelo menos faça contrapropostas sobre estes objetivos”.

A 18 de outubro, Catarina Martins voltou a marcar a posição do partido e revelou a expectativa de que as novas conversas trouxessem “um resultado diferente”, tendo para que fosse possível “construir as melhores soluções para o Orçamento do Estado”, segundo a agência Lusa.