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Centros comerciais em Lisboa temem falência e grandes prejuízos com adiamento de abertura

Com a AML a concentrar 35% dos centros comerciais do país e a assegurar 50% do emprego total do setor, a APCC mostra-se preocupada com as consequências que podem resultar dos prejuízos e das falências, nomeadamente o emprego criado pelo setor, que pode ser o primeiro a ser afetado. 
5 Junho 2020, 15h57

A abertura dos centros comerciais em Lisboa e Vale do Tejo continua em stand-by, devido ao forte aumento de casos na região. A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) volta a alertar que o prolongamento das limitações ao funcionamento dos centros da Área Metropolitana de Lisboa (AML) continua a aumentar a probabilidade de se “verificarem grandes prejuízos e mesmo falências”.

Com a AML a concentrar 35% dos centros comerciais do país e a assegurar 50% do emprego total do setor, a APCC mostra-se preocupada com as consequências que podem resultar dos prejuízos e das falências, nomeadamente o emprego criado pelo setor, que pode ser o primeiro a ser afetado.

“Os associados da APCC acolheram esta decisão com grande desagrado e preocupação, pois não vislumbram azões objetivas para que se mantenham estas restrições a incidir, exclusivamente, sobre os centros comerciais, num momento em que o desconfinamento se verifica na quase generalidade das áreas económicas e culturais na AML”, afirma António Sampaio de Mattos, presidente da APCC.

Sampaio de Mattos volta a garantir que “os centros comerciais têm mostrado capacidade de garantir a segurança de visitantes, lojistas e colaboradores das lojas, cumprindo não apenas as regras estabelecidas pelo executivo e as recomendações da Direcção-Geral da Saúde, mas também as melhores práticas desta indústria a nível global”

Ainda assim, a APCC destacou positivamente o apoio à retoma da atividade empresarial no Plano de Estabilização Económica e Social apresentado ontem pelo Governo.

A APCC aponta que as linhas de apoio ao comércio, a alteração das regras do pagamento especial por conta, que isenta as empresas com quebras de faturação superior a 40%, as alterações ao regime de lay-off, a criação do Banco de Fomento e a extensão do regime das moratórias bancárias também são importantes para o setor.

No entanto, a associação continua a aguardar por medidas complementares às que já foram anunciadas, nomeadamente medidas de apoio direto e rápido aos retalhistas que não abriram e continuam a verificar quebras nas receitas.

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