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Cinco factos por esclarecer sobre Tancos

Ainda são muitas as dúvidas sobre o roubo de material militar na base de tancos. Marcelo Rebelo de Sousa exige investigação total. “Doa a quem doer”.
5 Julho 2017, 07h25

1-Autores do crime? Segundo responsáveis de segurança ouvidos até agora o roubo do material militar terá sido feito por membros ligados ao crime organizado e não por elementos de redes terroristas. O jornal espanhol El Mundo garantiu que o assalto estaria ligado ao tráfico de armas e não ao jiadismo. Na sequência desta notícia, a ministra da administração interna, Constança Urbano de Sousa, nega que tenha referido ao homólogo espanhol, em Sevilha, informações sobre a rede que assaltou Tancos na última quarta-feira. Ontem, a Procuradoria-Geral da República confirmou que estão em causa suspeitas da prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de armas e terrorismo internacional no furto de armamento em Tancos.

2-Assalto ou conivência interior? O sistema de videovigilância das instalações militares dos Paióis Nacionais de Tancos estará avariado há dois anos, noticiou o Diário de Notícias. Sem uma fonte de informação no interior da base este roubo seria praticamente impossível. O Chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, reconheceu que quem roubou o material de guerra do quartel de Tancos tinha “conhecimento do conteúdo dos paióis”.

3-O destino do material roubado? O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse que Portugal está a desenvolver “todas as medidas para reaver o material roubado”. Os especialistas em segurança acreditam que o material já estará fora do país. Atendendo a situação geográfica de Portugal o material poderá ser destinado para conflitos regionais em África. Algumas missões no Médio-Oriente também estão sob suspeita.

4-Havia uma lista de material a roubar? O jornal Observador noticiou que os assaltantes teriam uma lista do material que pretendiam levar. Terão conseguido entrar com uma carrinha na unidade militar carregando o material a braços durante 500 metros, no percurso entre os paióis e o veículo.

5-Responsabilidades políticas? Os vários partidos reagiram ao assalto, com pedidos de responsabilidades políticas e demissões. A polémica instalou-se. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, defende que o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, “estão à altura do atual Governo”. Doa a quem doer e não deixando ninguém imune”. É desta forma que o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, exige saber como foi possível o roubo de material militar nos paióis de Tancos.

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