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Grupos pró-Trump marcham e rezam em protesto contra “roubo” da eleição presidencial

Protestos foram convocados em Washington e nas capitais dos estados da Georgia, Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Nevada e Arizona, onde a campanha de Donald Trump questionou a contagem de votos e alegou diversos irregularidades.
  • Protestos pró-Trump em Washington
12 Dezembro 2020, 20h05

Grupos conservadores apoiantes de Donald Trump reuniram-se neste sábado em Washington num protesto onde alegaram, sem apresentar provas, que o presidente eleito Joe Biden falseou a eleição presidencial. Os organizadores do grupo “Stop The Steal”, ligado ao ativista pró-Trump Roger Stone e a grupos religiosos, exortaram os seus apoiantes a participarem naquilo a que chamam “marchas de Jericó” e a comícios de oração, avança a Reuters.

Os protestos foram planeados para decorrerem na capital norte-americana, e nas capitais dos estados da Georgia, Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Nevada e Arizona, que deram os seus votos no colégio eleitoral a Biden, e onde a campanha de Trump questionou a contagem de votos e alegou diversas irregularidades.

Neste momento, a dois dias de o colégio eleitoral oficializar Joe Biden enquanto 46.º presidente dos Estados Unidos, mais de 50 decisões de tribunais federais e estaduais confirmam a vitória do democrata sobre Trump. O Supremo Tribunal dos Estados Unidos rejeitou nesta sexta-feira, 11 de dezembro, uma ação judicial interposta pelo estado do Texas, e apoiada pelo atual ocupante da Casa Branca, que procurava anular os resultados da votação em quatro estados.

“Seja qual for a decisão de ontem, respirem todos fundo”, disse o general aposentado do exército Mike Flynn, ex-conselheiro de segurança nacional de Trump, aos manifestantes que se encontravam em frente ao Supremo Tribunal dos Estados Unidos, referindo-se à recusa do tribunal em ouvir o caso do Texas.

Mike Flynn, que duas vezes confessou ter mentido ao FBI sobre contatos com o ex-embaixador russo, fez o seu primeiro discurso público desde que Trump lhe concedeu o perdão presidencial, a 24 de novembro. “Incito-vos a voltarem para as vossas casas”, disse Flynn à pequena multidão, acrescentando que a Constituição dos Estados Unidos “não tem a ver com a liberdade coletiva, e sim com liberdades individuais”.

Trump recusou-se a admitir a derrota, alegando que a sua vitória foi impedida por uma vasta fraude eleitoral. Donald Trump escreveu no Twitter que não foi informado sobre o protesto, deixando uma garantia: “Vou encontrar-me com eles!”

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