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“Informação vai passar a ser emitida periodicamente num documento de avaliação de risco”, diz Baltazar Nunes

O especialista explicou que devem passar a disponibilizar informação quantitativa, mas também a interpretação qualitativa. O objetivo será ajudar as autoridades nacionais a tomar decisões sobre a doença.
  • covid
8 Março 2021, 12h25

O epidemiologista da Escola Nacional de Saúde Pública, Baltazar Nunes referiu, esta segunda-feira,  que informação como a que apresentou esta segunda-feira, relativamente ao ponto de situação da Covid-19 vai passar a ser emitida “periodicamente num documento de avaliação de risco”.

Durante reunião do Infarmed com o Governo e partidos políticos, Baltazar Nunes anunciou que a “informação [sobre a evolução da Covid-19 vai passar a ser emitida periodicamente num documento de avaliação de risco que deverá ser público”.  O objetivo é ajudar as autoridades a tomar decisões relativamente à rigidez das medidas de contenção. O especialista explicou que devem passar a disponibilizar informação quantitativa, mas também a interpretação qualitativa.

Quanto à avaliação da situação atual da doença no país, Baltazar Nunes informou que se verifica “que a nível nacional estamos muito perto dos 120 casos por 100 mil habitantes com R (taxa de incidência) sempre abaixo de 1”, uma situação que o epidemiologista disse requerer “uma situação de manutenção de medidas”. No entanto, regista “diversidade relativamente às regiões”.

“As regiões do continente Algarve, Alentejo, Centro e Norte já se encontram abaixo dos 120 casos por 100 mil habitantes, mas o mesmo não ser observa nas zonas de Lisboa e Vale do Tejo. Em relação às regiões autónomas, na Região Autónoma da Madeira não podemos interpretar por questões numéricas e de dados e na Região Autónoma dos Açores está abaixo dos 60 casos por 100 mil habitantes e com R acima de 1”, sublinhou Baltazar Nunes acrescentando que “esta situação é indesejável e seria necessário escalar as medidas para trazer o R abaixo de 1”.

De olhos postos no futuro, Baltazar Nunes referiu que a tendência será a da taxa de incidência decrescer. “A 15 de março já estamos numa situação muito perto dos 60 casos por 100 mil habitantes e também a 15 de março já estamos muito perto da taxa de ocupação desejada para as unidades de cuidados intensivos”, ou seja de menos de 85%.

O especialista apontou ainda que, atualmente, a “percentagem de casos e contactos isolados, em 24 horas, encontra-se em cerca de 100% . O atraso de notificações está muito perto de 10% e o aparecimento e propagação das novas variantes” tem aumentado.

 

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