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Nobel da Economia diz que Bruxelas devia ter dado “algumas migalhas” ao Reino Unido

Paul Krugman criticou a posição da Comissão Europeia em 2016, antes do referendo sobre o Brexit ter tido lugar, onde a maioria dos votantes defendeu a saída do Reino Unido da União Europeia.
16 Janeiro 2019, 11h58

O economista norte-americano Paul Krugman, que recebeu o Nobel da Economia em 2008, defendeu na terça-feira, após a rejeição do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia pela maioria dos deputados britânicos, que a derrota estrondosa da primeira-ministra Theresa May e o próprio Brexit se devem à “arrogância” de Bruxelas.

“Se tivessem atirado algumas migalhas a May as coisas poderiam ter sido muito diferentes hoje. A arrogância da Comissão Europeia, completamente alheada do efeito dos desastres da austeridade, é uma grande parte desta história britânica”, escreveu Krugman na sua conta de Twitter,  onde conta com 4,5 milhões de seguidores.

Num tuíte anterior, embora ressalvando que a primeira-ministra e o líder da oposição trabalhista Jeremy Corbyn merecem tudo o que lhes está a acontecer, o Nobel da Economia apontara o alvo à Comissão Europeia: “Se tivessem cedido uns centímetros antes do referendo de 2016, o Brexit nunca teria acontecido.”

A maioria dos comentários à análise de Paul Krugman foram muito negativos, salientando que foi David Cameron e não Theresa May quem aceitou fazer o referendo e colocando em causa que Bruxelas não tenha feito cedências ao Reino Unido. “Não faz a menor ideia daquilo de que está a falar” foi uma das reações menos agrestes.

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