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Poupança das famílias caiu em 2017, apesar da recuperação no quarto trimestre

Se tivermos em conta o conjunto do ano de 2017, face aos quatro trimestres terminados em setembro, regista-se um aumento de 0,9 pontos percentuais da taxa de poupança das famílias, para 5,4%
  • Cristina Bernardo
26 Março 2018, 12h47

A taxa de poupança das famílias caiu 0,5 pontos percentuais no ano passado, face a 2016, para 5,4% do rendimento disponível bruto, depois de três anos consecutivos de aumento, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Esta evolução verifica-se a par de uma desaceleração de 0,7 pontos percentuais do ritmo de crescimento do rendimento disponível, para 3%.

No entanto, se tivermos em conta o conjunto do ano de 2017, face aos quatro trimestres terminados em setembro, regista-se um aumento de 0,9 pontos percentuais da taxa de poupança das famílias, para os 5,4% já referidos, depois de um mergulho, de dimensão idêntica, no ano terminado no terceiro trimestre, face ao período de quatro trimestres terminado em junho, e que constituiu um mínimo de, pelo menos, de 2012.

Segundo o INE, a melhoria verificada no conjunto do ano de 2017, face aos quatro trimestres terminados em setembro, “resultou de um aumento do rendimento disponível superior ao da despesa de consumo final (taxas de variação de 1,7% e 0,8%, respetivamente)”.

Registe-se que esta foi a mais expressiva taxa de aumento do rendimento disponível desde, pelo menos, o ano terminado no segundo trimestre de 2012. Ficou a dever-se à evolução das remunerações, cujo contributo para a taxa de crescimento foi o mais elevado desde a mesma altura.

O INE refere que “o comportamento do rendimento disponível das famílias foi determinado principalmente pelo aumento das remunerações e prestações sociais recebidas (taxas de variação de 1,6% e 2,7%, respetivamente), o que, em parte, reflete a conclusão do processo de reversão das reduções remuneratórias sobre os salários pagos pelas AP [administrações públicas] e sobre as pensões”.

Acrescenta que, comparando os dois períodos em análise, “a capacidade de financiamento das famílias aumentou para 1,5% do PIB [produto interno bruto], refletindo sobretudo o crescimento de 20,6% da poupança”.

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