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Prio vai dar gás a mais startups. Finalistas concorrem a 10 mil euros

A final realiza-se esta sexta-feira com a ‘disputa’ entre CO2Blocks, BeON, Wall-I, LOQR, Sensei, Youbeep, DefinedCrowd, Place to Plug e Wirelane (em consórcio), Enertecgreen e DC Brain. “A questão da mentalidade é muito relevante: o fracasso de um projeto ou de uma empresa ainda é visto como um fracasso pessoal que, muitas vezes, condiciona a criação de novos negócios”, afirma Cristina Borges Correia, diretora de I&D e Inovação da Prio, ao Jornal Económico.
3 Julho 2019, 10h00

Conciso, criativo e cativante. É assim que para Cristina Borges Correia, diretora de I&D e Inovação da Prio, um bom pitch deve ser, e serão esses os três “C”s que os empreendedores terão de cumprir se quiserem trabalhar com esta energética nacional. Prestes a chegar ao fim a terceira edição do programa de apoio a startups da Prio – Jump Start –, com a final daqui a dois dias, a responsável pela iniciativa não tem dúvidas de que enriqueceu a dois níveis: conhecimento tecnológico e pessoal. “Creio que todos saímos mais ricos do programa. Acredito que todas as startups retiraram mais valias e ensinamentos desta iniciativa, e espero que todas levem algo de novo e positivo”, confessa ao Jornal Económico (JE).

As startups que compõem a lista dos 10 finalistas têm alguma maturidade. Trata-se da eCO2Blocks, da BeON, da Wall-I, da LOQR, da Sensei, da Youbeep, da DefinedCrowd, da Place to Plug e da Wirelane (em consórcio), da Enertecgreen e da DC Brain. Nesta terceira ronda, a organização diz que procurou que os participantes se encontrassem num estado que permitisse avançar com pilotos em ambiente real, na Prio, no período de seis meses. A tripla de empresas com o maior “je ne sais quoi” para a Prio serão anunciadas esta sexta-feira e irão receber 10 mil euros para implementar o seu projeto piloto, sendo que poderão ainda aceder a uma bolsa de implementação.

No ano passado, a Prio investiu cerca de 1 milhão de euros em atividades de investigação, desenvolvimento e inovação. Ao JE, Cristina Borges Correia refere que em Portugal há um grande investimento neste ecossistema, e o reconhecimento internacional tem surgido a par com essa movimentação na área da inovação e do capital de risco. “Na última década temos assistido a uma evolução muito significativa da qualidade e quantidade de programas de apoio ao ecossistema de empreendedorismo nacional”, salienta. “A questão da mentalidade é também muito relevante: o fracasso de um projeto ou de uma empresa ainda é visto como um fracasso pessoal que, muitas vezes, condiciona a criação de novos negócios”, diz ainda.

Os empreendedores que pretendam trabalhar com a Prio têm de estar em linha com a estratégia da empresa e reger-se cinco valores prioritários – sustentabilidade, simplicidade, inovação e preocupação com ambiente –, além de apresentarem uma proposta que se possa integrar na sua cadeia de valor. Ainda assim, a comercializadora de combustíveis recusa falar de investimento direto “neste momento”. “Não há previsão de aquisição de capital social nas startups vencedoras do Jump Start. Sobre este tema, gostaria de realçar a presença da Portugal Ventures enquanto parceira Prio Jump Start deste ano”, explica a diretora de I&D e Inovação.

Questionada sobre a aposta na região de Aveiro, ao escolher a cidade para o bootcamp, a porta-voz da Prio argumenta que a empresa se define como local. “O apoio da Câmara Municipal de Ílhavo ao nosso programa é sinal disso mesmo: que queremos crescer juntos e que faz parte da nossa missão poder contribuir para o desenvolvimento do município”, explica Cristina Borges Correia ao jornal, sublinhando que a escolha da Aveiro Design Factory faz parte da aproximação que tem vindo a ser feita à Universidade de Aveiro e às suas instituições. Entre os parceiros está ainda a Inova Ria.

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