PSD pondera deixar coligação com CDS-PP na Madeira
O PSD está a ponderar acabar com a coligação com o CDS-PP, avançou o Jornal da Madeira. A mesma publicação diz que o cenário de eleições antecipadas fez crescer dentro do PSD a vontade de ir a votos sozinho.
O Jornal da Madeira referiu que os sociais democratas acreditam que pode existir uma maior mobilização sem o CDS-PP, mas que ainda não existe uma decisão definitiva, que deve ser tomada pelo líder do partido, Miguel Albuquerque, mas que os apelos dos militantes já chegaram às cúpulas da força partidária.
O PSD e o CDS-PP têm estado coligados, no Governo, desde as eleições regionais de 2019. O PSD não conseguiu chegar à maioria absoluta, em 2019 e precisou dos três deputados centristas para atingir a maioria absoluta na Assembleia Legislativa da Madeira. Nas eleições regionais de 2023, PSD e CDS-PP formaram coligação pré-eleitoral e ficaram a um deputado da maioria absoluta. Face a este cenário, o PSD alcançou acordo parlamentar com PAN para atingir maioria no parlamento.
As buscas de 24 de janeiro levaram a que CDS-PP e PAN considerassem que o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, não tinha condições para continuar a governar, mas que estariam disponíveis para apoiar a nomeação de um novo Governo.
Atualmente o Governo da Madeira está em gestão.
Albuquerque apresentou renúncia à presidência do Governo Regional que foi aceite pelo representante da República, Ireneu Barreto.
A decisão está agora nas mãos do Presidente da República. Ireneu Barreto manteve o Governo de gestão. Se Marcelo entender dissolver a Assembleia da Madeira, opção que está disponível a partir de 24 de março (seis meses passados das eleições regionais de 24 de setembro de 2023) Ireneu Barreto vai manter o executivo em gestão até às eleições. Se Marcelo entender não dissolver o parlamento Ireneu Barreto vai chamar o partido mais votado nas últimas eleições, neste caso o PSD, para formar um novo Governo.
O PSD Madeira convocou eleições internas para 21 de março e Albuquerque já disse que deve-se recandidatar ao cargo.
Questionado, pelo Económico Madeira, sobre se a sua recandidatura poderia afetar entendimento com CDS-PP e PAN, caso fossem convocadas eleições internas, Albuquerque disse “vamos ver”.
