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Quarto dia de greve começa com mais de 15% das bombas sem combustível

No início desta manhã, pelas 8h30, havia 570 bombas sem gasolina e 796 sem gasóleo, de acordo com o site “Já não dá para abastecer”.
  • Carlos Barroso / Lusa
15 Agosto 2019, 09h02

A greve dos motoristas completa esta quinta-feira o quarto dia, com 470 postos de combustível sem gasolina ou gasóleo, num total de 2.989 bombas em todo o país. No início desta manhã, pelas 8h30, havia 570 bombas sem gasolina e 796 sem gasóleo, de acordo com o site “Já não dá para abastecer”.

Há ainda 2.119 bombas (70,4%) em todo o país que podem prestar serviços aos utentes. Entre os 331 postos de abastecimento da Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA), 41 já não têm gasolina e 67 estão sem gasóleo. Já nos 55 postos REPA SOS, exclusivos para viaturas prioritárias ou de emergência, 4 já não têm gasolina e sete não têm gasóleo.

As bombas que ainda podem fornecer todos os tipos de produtos são aquelas que se encontram localizadas mais próximas da fronteira com Espanha, apesar de o problema de falta de combustível acontecer em todo o território nacional.

A greve dos motoristas, teve início na segunda-feira, e foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM). Mais tarde, veio juntar-se à paralisação o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) e a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), afeta à CGTP, assinaram na quarta-feira à noite um acordo relativo ao contrato coletivo de trabalho numa reunião no Ministério das Infraestruturas e da Habitação.

O porta-voz do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, considera que o acordo Antram-Fectrans foi feito à revelia dos motoristas e diz acreditar ser ainda possível esta quinta-feira uma reunião com o patronato.

O Governo avançou na segunda-feira com requisição civil para minimizar os efeitos da greve dos motoristas de matérias perigosas, após a reunião do primeiro-ministro, António Costa, com o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O Executivo de António Costa justificou a decisão de avançar com a requisição civil com o facto de os serviços mínimos não estarem a ser cumpridos.

Os limites de abastecimento anunciados são de 15 litros na rede prioritária e 25 litros nos restantes postos.

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