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Respostas Rápidas. O que precisa de saber sobre o corte saudita de produção de petróleo

O reino saudita voltou a surpreender com uma estratégia agressiva para suportar o preço do petróleo face a vários meses de quedas, levando já a uma reação dos mercados.
5 Junho 2023, 10h30

A Arábia Saudita surpreendeu os mercados com nova tentativa de empurrar a cotação internacional do petróleo para cima, que tem vindo a estar em queda clara nos últimos meses, depois do pico após a invasão russa da Ucrânia. Novos cortes de produção, ajustes de objetivos e prolongamento dos cortes já vigentes até 2024 foram os principais resultados da reunião ministerial deste fim-de-semana, que já levou a uma reação dos mercados.

Que anúncio resultou da reunião da OPEP deste fim-de-semana?

Além do corte anunciado pela Arábia Saudita, que irá reduzir a sua produção em um milhão de barris por dia (bpd), o maior cartel do mundo anunciou a revisão dos objetivos formais de vários países, uma medida que, na prática, serviu apenas para alinhar estes valores com a sua produção real. Mais importante, a reunião de domingo serviu para acordar numa extensão dos cortes já em vigor até ao final de 2024, ou seja, um prolongamento por mais um ano.

O que levou a Arábia Saudita a antecipar-se nestes cortes?

Por um lado, o objetivo é claro: estimular o preço através de uma redução (ainda mais profunda do que já acordada) da quantidade produzida. Esta é uma estratégia recorrente da OPEP, que havia já anunciado cortes de 2 milhões de bpd este ano, face a uma queda abrupta da cotação internacional do petróleo depois do disparo do ano passado. Por outro lado, e sendo o maior produtor mundial de ‘ouro negro’, a Arábia Saudita é o único país com capacidade instalada suficiente para contrair e expandir a sua produção sem necessidades de grandes ajustes.

Como reagiu o mercado a este anúncio?

O crude e o brent, que vinham acumulando perdas há vários meses, vão ganhando nas primeiras horas de negociação na Europa, tal como havia já sucedido no arranque asiático. O barril de referência para o mercado europeu, o brent, vai ganhando 2,3% parra os 77,93 dólares (72,9 euros), enquanto o crude, a referência norte-americana, valoriza 2,4% para os 73,48 dólares (68,72 euros).

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