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Sonae Sierra regista decréscimo dos resultados líquidos

A Sonae Sierra registou um resultado líquido de 58,9 milhões de euros, cerca de cinco milhões menos que em igual período do ano passado, como resultado da redução do resultado indireto.
9 Agosto 2018, 17h06

A Sonae Sierra registou um resultado líquido de 58,9 milhões de euros no primeiro semestre de 2018, que compara com os 64,2 milhões registados em igual período do ano passado. “O decréscimo é resultante da redução do resultado indireto”, adianta a empresa em comunicado oficial.

O EBIT atingiu os 51,8 milhões de euros, um aumento de 3,7% face ao período homólogo, “fruto do crescimento do volume de negócios e margens na atividade de prestação de serviços. O desempenho positivo das propriedades de investimento na Europa foi absorvido pelo efeito das alienações concretizadas em 2017”.

O resultado direto subiu para os 33 milhões de euros, um aumento de 9,3% face a igual período de 2017, reflexo do maior EBIT e de melhores resultados financeiros. Já o resultado indireto foi de 25,9 milhões, 24% abaixo do ano passado, “o que se deve essencialmente a um menor aumento da avaliação das propriedades de investimento”.

O Net Asset Value da empresa a 30 de junho de 2018 permaneceu nos 1,4 mil milhões de euros, “valor que representa um decréscimo de 1,4% face ao valor registado em dezembro de 2017 – o resultado líquido deste período foi totalmente absorvido pela distribuição de dividendos e pelo efeito adverso da desvalorização do real brasileiro nas reservas”.

Para Fernando Guedes de Oliveira, CEO da Sonae Sierra, citado pelo comunicado, “o desempenho operacional dos centros comerciais melhorou no primeiro semestre de 2018, com as vendas dos lojistas e as rendas a aumentar em todo o portefólio, ao mesmo tempo garantindo uma taxa de ocupação elevada e estável em todas as geografias. Adicionalmente, aumentámos o número de projetos em desenvolvimento e assinámos 200 novos contratos de prestação de serviços”.

O desempenho operacional dos centros comerciais continuou a melhorar. As vendas dos lojistas registaram um crescimento global de 2,5% (excluindo variação cambial) e de 3% no portefólio Europeu, marcado pelo crescimento de 2,1% em Portugal e pelo crescimento de 15,1% em Espanha no seguimento da aquisição do centro comercial Area Sur, em junho de 2017.

Na Roménia, as vendas dos lojistas cresceram 5,9% em termos absolutos, devido à melhoria do desempenho do ParkLake. No Brasil, as vendas dos lojistas também cresceram, tendo aumentado 1,3% (em BRL).

A taxa de ocupação do portefólio atingiu os 95,8%. Na Europa, este indicador manteve-se praticamente estável nos 96,7%, tendo subido 0,3 pontos percentuais em Portugal, onde atingiu os 98,9%. No Brasil, a taxa de ocupação aumentou de 92,3% para 93%.

As rendas do portefólio registaram um crescimento total de 1,6%, aumentando 1,3% na Europa e 2,8% no Brasil (em BRL), acima da taxa de inflação média naquele período, em Portugal e no Brasil.

Por outro lado, a Sonae Sierra continuou a implementar a sua estratégia de reciclagem de capital. No que diz respeito a aquisições, a ORES Socimi, o veículo de investimento imobiliário criado em parceria com o Bankinter em Espanha, adquiriu diversas propriedades em Espanha e em Portugal, num investimento de cerca de €115 milhões durante este período. O Sierra Fund adquiriu o hipermercado no Valle Real Shopping Centre, em Espanha. O Sierra Portugal Fund vendeu a sua participação no SerraShopping a uma nova joint-venture (5%/95%) entre a Sonae Sierra e a Armórica Portugal.

Atualmente estão em desenvolvimento os seguintes projetos: o Jardín Plaza Cúcuta (Colômbia), o novo Emilia District em Parma (Itália), o McArthurGlen Designer Outlet Málaga (Espanha), o Centro Comercial Zenata (Marrocos), e as expansões do NorteShopping e do Centro Colombo (Portugal).

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