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Trabalhadores dos hiper e supermercados em greve amanhã

Os trabalhadores dos hipermercados, supermercados e outros estabelecimentos da grande distribuição estarão em greve amanhã, 12 de setembro, durante todo o dia. Exigem a revisão do Contracto Colectivo de Trabalho e o aumento dos salários, entre outras reivindicações.
  • Neil Hall/Reuters
11 Setembro 2018, 16h40

Os trabalhadores dos hipermercados, supermercados e outros estabelecimentos da grande distribuição vão fazer greve nesta quarta-feira, 12 de setembro,  avança a CGTP, com base nas informações do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP). Em comunicado, o CESP revela que a  partir das 11:00 horas os trabalhadores realizam uma concentração de protesto em frente à sede da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), em Lisboa.

Sobre esta greve, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP) dirigiu-se hoje aos trabalhadores, em comunicado, sinalizando-lhes a existência de “todos os motivos para aderir à greve e participar na concentração”.

“Os salários da tabela salarial do Contrato Colectivo de Trabalho, em oito anos subiram apenas 11,47 euros, enquanto os lucros das empresas subiram muitos milhões”, avança o CESP, dando conta de que em oito anos o poder de compra dos nossos salários reduziu mais de 10% e que os valores salariais são “iguais ou pouco acima do salário mínimo nacional”.

Segundo o CESP, os salários contratuais são superiores para os trabalhadores dos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal e inferiores em todos os outros distritos do país. E realçam que as lojas e armazéns funcionam todos os dias com menos trabalhadores do que os necessários para o trabalho existente, levando, acrescenta o CESP, “à exaustão os trabalhadores que ainda resistem nos locais de trabalho”.

“As empresas e a associação patronal têm o dever de negociar a revisão dos salários sem exigir a contrapartida da redução do valor pago pelo trabalho suplementar”, defende o CESP, considerando que “os baixos salários não são uma inevitabilidade”.

Correção da carreira dos operadores de armazém

O CESP considera ainda ser “imperioso a correcção da injustiça na carreira dos operadores de armazém”. O sindicato critica aquilo que designa por “discriminação e gritante injustiça” na carreira dos operadores de armazém que exigem carreira idêntica à que está consagrada no CCT para os operadores de loja.

Este sindicato alerta para “os horários de trabalho completamente desregulados e os ritmos de trabalho extenuantes que impedem a conciliação com a vida familiar e prejudicam a saúde”.

Entre as reivindicações do CESP está o aumento dos salários de todos os trabalhadores, o fim da tabela B e consequente aplicação da tabela mais alta a todos os trabalhadores do sector, a promoção automática dos operados de armazém até ao nível de especializado e a resolução dos problemas e reivindicações dos trabalhadores e cumprimento do CCT e da Lei nas empresas.

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