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CISAC vê salários como “coração” do desenvolvimento cultural de Cabo Verde

O diretor da Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores considera “inadmissível” que bares, hotéis, restaurantes e cinemas utilizem músicas sem dar o devido reconhecimento aos seus autores.
4 Fevereiro 2019, 10h51

O diretor da Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores (CISAC) considera que remuneração dos autores “simboliza o coração” para o desenvolvimento da cultura industrial e diz ser “inadmissível” que bares, hotéis, restaurantes e cinemas utilizem músicas sem dar o devido reconhecimento aos seus autores.

Samuel Sangwa fez estas considerações no final da missão conjunta do Conselho Internacional de Autores de Música (CIAM) e do Comité Executivo do Comité Regional Africano da CISAC (CECAF), realizado em Cabo Verde, onde foi debatida e traçada a estratégia, em vista a defesa dos direitos de autores e músicos.

Este dirigente da CISAC referiu que os autores/cantores merecem a recompensa pelas suas criações, argumentando que para isto aconteça o mundo precisa de uma sociedade forte, comprometida e empenhada em ajudar os criadores. De acordo com este responsável, é também determinante que os artistas sejam pagos pelos seus trabalhos.

A CISAC “valoriza a sua presença em Cabo Verde enquanto país muito acolhedor, o país de Cesária Évora, grande representante de Cabo Verde no mundo”, disse Samuel Sangwa, sublinhando que, durante a semana de trabalho com autores cabo-verdianos em copyright, fez compreender o quão importante é o papel da música, enquanto factor do desenvolvimento da cultura cabo-verdiana.

Samuel Sangwa disse que o país precisa de cultura para trabalhos, turismo, e para crescimento, tendo afiançado que a CISAC acredita no trabalho para representar os quatro milhões de autores em todo o mundo, dos quais 37 sociedades de autores africanos, cooperativas e copyright de 31 países, de que a SCM é um dos membros integrantes.

Para que haja uma sociedade que acredite na música, asseverou, é necessário o envolvimento e ajuda do Governo, razão pela qual fez questão de agradecer o executivo cabo-verdiano, representado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e pelo ministro da Cultura, Abraão Vicente, pela “forte dedicação em ajudar a suportar o desenvolvimento da cultura”.

Além disso, garante que a Sociedade Cabo-verdiana de Música (SCM) tem estado com vontade de trabalhar com a CISAC nos últimos anos, tanto em África, como em Cabo Verde, pelo que disse acreditar que a eleição de Solange Cesarovna, enquanto música e compositora, como membro permanente do Conselho Internacional de Autores de Música (CIAM) deve ser encarado como um grande passo para a música.

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