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O ex-capitão da Ucrânia que perdeu o estatuto de ídolo pelo seu silêncio sobre a invasão

A Federação Ucraniana de Futebol (UAF) não perdoa o silêncio do antigo jogador internacional por aquele país em relação à invasão russa. Tymoshchuk é (ou era) um referência do futebol ucraniano, sendo hoje treinador adjunto nos russos do Zenit São Petersburgo.
13 Março 2022, 15h00

Anatoliy Tymoshchuk foi capitão da seleção ucraniana de futebol e é o jogador com mais jogos (144) de sempre por aqueles país. Terminou a carreira em 2017, e desde então é treinador adjunto do Zenit, um dos maiores clubes da Rússia. Agora enfrenta uma polémica, depois de a Federação Ucraniana de Futebol (UAF) o, criticar, devido àquele que consideram ser um comportamento inaceitável.

O ex-atleta não abordou até ao momento o tema da invasão russa à Ucrânia, ao contrário daquelas que eram as expetativas da UAF, que esperava uma condenação deste ato de guerra. “Não só não fez qualquer comunicado publico sobre este tema [a invasão], como também não encerrou a cooperação com o clube do agressor” reiterou esta quarta-feira o comité para a ética e fair play da UAF, num comunicado citado pelo Guardian.

O antigo jogador, que representou clubes como o Bayern de Munique e o Shakhtar Donetsk, foi um dos melhores jogadores ucranianos da Era Moderna. No entanto, pela falta de reação ao conflito, é a própria UAF que ameaça punir severamente o jogador, já que considera que esta inação coloca em causa a imagem do futebol ucraniano, assim como os princípios de ética e fair play.

Quem o diz é o diário espanhol Marca, que destaca as sanções apontadas pela UAF. Tymoshchuk arrisca perder todos os troféus conquistados na Ucrânia, os prémios que recebeu do Estado ucraniano, assim como os títulos honorários e ainda pode ser removido da lista oficial de jogadores que representaram a seleção daquele país.

Tymoschuk venceu vários troféus, incluindo uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA (hoje Liga Europa) e uma Supertaça Europeia, num total de 21 títulos conquistados na Ucrânia, Rússia e Alemanha.

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