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Britânicos vão pagar mais para ir de férias… e a culpa é do Brexit

Os cidadãos britânicos estão conscientes de que a saída do projeto europeu implicará uma desvalorização da libra e um aumento potencial das dificuldades para atravessar a fronteira.
31 Março 2017, 16h28

Com a notificação formal da intenção do Governo britânico de Theresa May em sair da União Europeia, começam-se a fazer os cálculos ao impacto que a decisão terá dentro e fora das fronteiras do país. Um estudo feito pela plataforma de arrendamento de alojamentos para férias HomeAway revela que 55% dos britânicos temem que a assinatura do artigo 50º do Tratado Europeu possa vir acompanhada de um aumento do custo das viagens para o estrangeiro.

Segundo a HomeAway, os cidadãos britânicos estão conscientes de que a saída do projeto europeu implicará “uma desvalorização da libra (-18% em relação ao dólar e perto dos 10% em comparação com o euro)”, ao mesmo tempo que trará um aumento potencial das “dificuldades para atravessar as fronteiras”. O estudo mostra que mais de metade dos britânicos acredita que a fatura dos seus planos de férias fora do país possa sair mais cara. Apenas 6,5% prevêem o contrário.

“O reverso das consequências do Brexit, que conduziu ao enfraquecimento da libra britânica, está a permitir que outros turistas, de outras nacionalidades, possam agora aproveitar para visitar Londres e noutras cidades do Reino Unido”, explica Sofia Dias, responsável da HomeAway em Portugal. “No entanto viajar para os Estados Unidos ou para países da União Europeia está a ficar mais caro para os turistas britânicos”.

Ainda assim, o estudo mostra que 70% dos britânicos não têm intenção de diminuir o valor das despesas durante as férias para este ano. Para 80% dos britânicos interrogados, o Brexit não tem consequências imediatas nos seus planos de viagens para o velho Continente e esperam vir a gastar entre 750 a 1.000 euros com férias (viagens mais alojamento).

O estudo revela ainda que mais de 12% dos britânicos considera que nos próximos anos terá de diminuir os seus gastos com viagens, ao passo que 8% acha o contrário. Quase um quinto dos entrevistados afirma ainda estar mais propenso a começar a passar férias no seu próprio país.

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