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Cabo Verde e Estados Unidos vão alargar cooperação bilateral na Defesa

O ministro cabov-verdiano Luís Filipe Tavares explicou que o leque de cooperação entre os dois países é “muito vasto”, avançado que Cabo Verde vai passar a ter mais três navios apropriados para a vigilância costeira.
23 Janeiro 2020, 10h05

Cabo Verde e Estados Unidos da América (EUA) vão alargar a cooperação militar na área da cibersegurança, luta contra a fraude fiscal, lavagem e branqueamento de capitais, anunciou o ministro da Defesa cabo-verdiano. Luís Filipe Tavares revelou à imprensa que para o efeito deverá chegar ao arquipélago brevemente três navios apropriados para a vigilância costeira.

O chefe da diplomacia cabo-verdiana falava no final de um encontro de avaliação com o vice-secretário Adjunto da Marinha para Programas Internacionais dos Estados Unidos, o contra-almirante Francis D. Morley, sobre o estado da cooperação no domínio da defesa militar entre os dois países.

Luís Filipe Tavares explicou que o leque de cooperação entre os dois países é “muito vasto”, avançado que Cabo Verde vai passar a ter mais três navios apropriados para a vigilância costeira.

O governante enalteceu o reforço da cooperação dos militares cabo-verdianos nos EUA no sector da defesa, no quadro de uma visão estratégia partilhada para o futuro.

O almirante Morley é o chefe do Escritório de Programas Internacionais da Marinha que está a aplicar um donativo de 400.00 dólares dos EUA para a aquisição e instalação de radares de vigilância costeiras, nos portos da Praia e da Palmeira, de forma a tornar as águas do território cabo-verdiano mais seguras.

A este propósito, Luís Filipe Tavares disse que o Estado Maior das Forças Armadas já teve reunião de trabalho com o contra-almirante norte-americano, no sentido de agilizar os trabalhos para a instalação dos equipamentos, ainda no primeiro semestre de 2020, em função das necessidades de Cabo Verde.

Luís Filipe Tavares destacou as relações de cooperação de Cabo Verde e EUA, reportando a instalação, há mais de 200 anos, do primeiro consulado dos EUA no arquipélago.

O também ministro dos Negócios Estrangeiros considerou que os dois estados gozam de “excelentes relações”, com a particularidade de, no ano transato, ter assinado o SOFA, acordo que define o estatuto dos soldados norte-americanos nos exercícios militares conjuntos com as Forças Armadas cabo-verdianas.

Nesta particular, reafirmou que o SOFA, assinada em 2017, afigura-se como um acordo “extremamente importante” para Cabo Verde e que o arquipélago pretende negociar um novo acordo os EUA, sublinhando tratar-se de “dois estados de direito democrático”. E adiantou que está convicto de que esta cooperação “vai prosseguir, por ser muito importante para os dois países”.

Luís Filipe Tavares sublinhou que o Governo aguarda, “tranquilamente”, pela decisão, a ser tomada sobre a fiscalização sucessiva solicitada por um grupo de cidadãos junto do Tribunal Constitucional, lembrando, entretanto que os EUA são “um parceiro estratégico em matéria da defesa e da segurança”.

O encontro de avaliação, segundo o governante, serviu igualmente para se debruçar sobre a cooperação no domínio da formação dos militares cabo-verdianos no EUA e do reforço da cooperação mais abrangente.

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