Castro Marim fica bem, bem lá no sul de Portugal. Para quem não sabe, tem muito património: edificado, como o forte; natural, como o sapal e as salinas; artístico, como a cestaria; a gastronomia, as praias… e claro, as suas gentes.
De Lisboa vieram 12 estudantes da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa para reinventar as artes tradicionais no concelho de Castro Marim, no Algarve. A ideia é “valorizar e promover a produção artística como motor de desenvolvimento económico, combate à exclusão social e melhoria da qualidade de vida das comunidades”, através da formação cultural e do reforço da autoestima, como frisou a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Castro Marim, Filomena Sintra.
O RésVés é a 9ª atividade do ciclo de residências artísticas da referida faculdade, que conciliam tradição e originalidade, respeitando a cultura e o património local, mas dando-lhe novas leituras e abordagens multidisciplinares, como a escultura, a fotografia contemporânea, a arte multimédia e a curadoria.
O grupo de estudantes teve oportunidade de assistir ao processo de extração artesanal de sal e flor de sal, e de se entrosar com artesanato e arte existentes no concelho, como a tecelagem, a empreita, a tábua, os bilros, pintura e escultura em ferro.
Dar e receber é o mote, ou não fosse uma residência. Ou seja, os alunos devolvem à comunidade aquilo que aprenderam. Trabalhando individualmente ou em grupo, o objetivo é criar projetos artísticos que deem vida ao património de Castro Marim, que num futuro próximo poderão ser vistos numa exposição na Casa do Sal, nesta vila do Guadiana.
O ResVés resulta de uma parceria entre a Universidade de Lisboa, a Junta de Freguesia de Odeleite e a Câmara Municipal de Castro Marim, um investimento municipal no âmbito da preservação e reintegração social e cultural do património imaterial do concelho.
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