[weglot_switcher]

DBRS diz que bancos espanhóis estão melhores

A DBRS considera que a rentabilidade dos bancos espanhóis deve beneficiar ainda mais das menores provisões para crédito e outros ativos, tendo em conta as provisões significativas constituídas nos últimos dois anos, bem como as boas condições económicas e do setor imobiliário em Espanha.
21 Março 2018, 12h09

DBRS Ratings Limited (DBRS) publicou hoje um comentário intitulado “DBRS: Good 2017 Reduction of Problematic Assets at Spanish Banks”, em que conclui pela “melhoria da rentabilidade subjacente” da banca espanhola.

A DBRS vê o desempenho dos bancos espanhóis em 2017 como tendo melhorado graças ao crescimento estável da receita core. Os lucros domésticos foram suportados pelo forte crescimento das comissões, por uma menor pressão da margem e por uma boa disciplina de custos.

O custo do risco de crédito está a normalizar na maioria dos bancos, embora alguns continuem a reforçar os níveis de cobertura para acelerar as alienações das carteiras de crédito malparado (NPL).

Os Bancos espanhóis anunciaram uma grande redução nos ativos problemáticos em 2017, parcialmente suportados por transações significativas com investidores institucionais. Isto é, através da venda de carteiras de crédito.

A qualidade dos ativos na banca espanhola beneficiou em 2017 de uma redução significativa dos ativos não rentáveis (NPAs) (inclui crédito malparado e ativos imobiliários, por exemplo). “Os bancos continuaram a colocar o foco na redução orgânica de crédito improdutivo (NPLs) e na venda de ativos recebidos em dação em pagamento (foreclosed assets)”, diz a agência de rating.

A agência acompanha o Banco Santander, o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), o Caixabank, o Bankia, Banco de Sabadell, Banco Popular Español (agora integrado no Santander) e o Bankinter.

Alguns bancos também anunciaram parcerias estratégicas com investidores institucionais  para vender participações maioritárias em empresas imobiliárias, algumas das quais se materializarão em 2018, revela a DBRS.

A DBRS espera que os bancos espanhóis façam novos progressos em 2018 em termos de rentabilidade e risco através da redução contínua dos NPAs, particularmente pelo aumento das vendas de carteiras. A DBRS considera que a rentabilidade dos bancos espanhóis deve beneficiar ainda mais das menores provisões para crédito e outros ativos, tendo em conta as provisões significativas constituídas nos últimos dois anos, bem como as boas condições económicas e do setor imobiliário em Espanha.

Recorde-se que durante a crise os bancos espanhóis foram especialmente afetados pela bolha imobiliária e tiveram de recorrer à ajuda do FMI. Em 2012 o Eurogrupo autorizou conceder a Espanha uma assistência através do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) destinada à recapitalização do seu setor bancário. Foi de 100 mil milhões de euros o valor que a Europa decidiu emprestar a Espanha, sob supervisão do FMI em 2012.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.